Tizumba canta Vander Lee em live, neste sábado

O artista mineiro está produzindo um disco com músicas de Vander Lee

Fernanda Gomes* 06/06/2020 04:00
Élcio Paraíso/divulgação
O cantor e compositor Maurício Tizumba faz live para homenagear o amigo de juventude (foto: Élcio Paraíso/divulgação)


“A obra dele não pode parar”. O aviso vem de Maurício Tizumba, que fará live, neste sábado (6), em homenagem ao cantor e compositor mineiro Vander Lee, que morreu em 2016. “Se as pessoas não cantarem as músicas dele, elas podem se perder”, diz. “Minha intenção é deixar a poesia dele viva, fazer com que ela chegue às pessoas. Ele tinha uma mensagem de amor, é sobre isso que mais quero falar agora.”

Tizumba está produzindo um disco com músicas de Vander Lee, ainda sem data de lançamento. O cantor e compositor considera o legado do amigo especial: “São poesias que não se ouvem mais. Os caminhos melódicos dele são coisas lindas. As músicas, todas elas, muito simples.”

O projeto dedicado a Vander Lee começou antes do isolamento social. “A live é uma forma de esclarecer que estamos fazendo esse trabalho e divulgá-lo”, explica Tizumba.

Naturais de BH, os dois se apresentavam juntos em bares da cidade. “Ele tinha 18 e eu 26 quando nos conhecemos. Quando vi o Vander Lee cantando, pensei: esse rapaz é muito bom. Como já era famoso naquela época, pedi para ele me substituir num bar onde tocava. Depois disso, nunca mais toquei naquele bar. Ele ficou uns cinco anos lá”, recorda.

O repertório do disco e da live terá sucessos de Vander Lee: A voz, Céu azulou, Do Brasil, Esperando aviões, Galo e Cruzeiro, Aversão brasileira e Garota shopping center. “Pessoas de toda parte mandam mensagens falando o quanto gostam dele e acham legal essa iniciativa de fazer o disco. É gente do Brasil inteiro falando da falta que ele faz, e faz muita mesmo. Confesso que foi uma das pessoas cuja morte mais senti”, revela Tizumba.

Depois de participar da experiência ao lado de amigos, essa será a estreia de Tizumba em live solo. “Só vou precisar de uma pessoa para me ajudar na transmissão, porque não tenho conhecimento de tecnologia. Vamos nos cuidar, usar máscaras e álcool em gel”, informa.

O músico passa a quarentena sozinho na casa onde mora, em Lagoa Santa, perto da Gruta da Lapinha. “No primeiro momento, foi muito estranho. Mas estou fazendo muita ginástica, tocando e cantando, cozinhando. Tô quase virando um chef. Ontem, o arroz ficou tão solto que nem acreditei que fui eu que fiz”, brinca.

* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria

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