Graças a Deus sou músico e tenho amigos que mandam em mim, diz Bituca

Cantor e compositor participou com os companheiros do Clube da Esquina de lançamento de série dedicada ao movimento musical mineiro. Produção estreia sexta (31), no Canal Brasil

Ana Clara Brant 28/01/2020 21:13

Ana Clara Brant/EM/D.A.Press
Os amigos do Clube da Esquina, em lançamento da série do Canal Brasil, no Rio (foto: Ana Clara Brant/EM/D.A.Press)

 

RIO DE JANEIRO - A esquina das ruas Divinópolis com Paraisópolis, em Santa Tereza, em Belo Horizonte, se "mudou" provisoriamente nesta terça-feira (28) para o Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, no Studio OM.art, espaço dedicado às artes criado por Oskar Metsavaht.


Foi ali que ocorreu a apresentação para a imprensa da série do Canal Brasil Milton e o Clube da esquina, que estreia na sexta (31), às 22h30.  O primeiro dos seis episódios foi exibido num telão para os convidados.

 

Milton Nascimento, os irmaos Lô e Márcio Borges, protagonistas dessa história e da produção (o compositor Ronaldo Bastos também participa da série, mas estava fora do Rio) estiveram no evento, que ainda contou com a presença de famosos, como o ator Gabriel Leone.

 

Leone é o condutor dos bate-papos entre os artistas presentes na série. Outros convidados do lançamento nesta terça foram os atores Danilo Mesquita, o Carlos, de Éramos seis, e Dan Ferreira, o Wesley de Amor de mãe. Os cantores Ney Matogrosso e Maria Gadú, que serão vistos em Milton e o Clube da esquina, também fizeram questão de prestigiar Bituca e cia.

''A música do Clube nos dá a oportunidade de fazer 20 anos todos os dias''

Lô Borges, cantor e compositor


Emocionado, Milton comentou sobre os pilares que sempre norteram os músicos. "O principal de tudo é a amizade. Graças a Deus, sou músico e tenho meus amigos que mandam na minha vida como eu mando na deles (risos). Mas o que guia tudo é a verdade", disse.

Marcinho Borges disse que, desde que se encontrou com Milton pela primeira vez, percebeu que havia algo de extraordinário em seu talento. "E eu falei com ele, logo no começo, que um dia o mundo iriaa se curvar a ele é à sua música" , afirmou.

Lô também salientou a atmosfera de fraternidade que sempre guiou os artistas e apontou a força, a atemporalidade e o frescor da obra do movimento musical. "A música do Clube nos dá a oportunidade de fazer 20 anos todos o dias", disse o autor de O trem azul, que ainda lembrou como conheceu Milton. "Eu tinha 10 anos de idade. Era uma criança. E, desde essa época, para tudo que ele chama, eu faço. Bituca chamou, Lô pintou", brincou.

Maria Gadú falou sobre a importância de Milton em sua formação e na de sua geração. "Milton é o grande tótem deste país. Ele representa o povo preto, o povo indígena, as minorias. Tenho muito orgulho de estar aqui ao lado dele e de ter sido convidada para fazer parte desse projeto", afirmou.

Ney Matogrosso foi outro que elogiou o talento do cantor e compositor de Três Pontas.  "É uma honra participar de tudo isso. Sempre digo que Milton é o maior cantor deste país."



*A repórter viajou a convite do Canal Brasil 

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