Cantora Thamires Tannous exalta a natureza no álbum 'Canto-correntez'

Nascida no Mato Grosso do Sul e radicada em São Paulo, ela define seu som como 'música brasileira contemporânea/world music'

por Augusto Pio 14/10/2019 06:00
Lorena Dini/Divulgação
A cantora sul-matogrossense radicada em São Paulo Thamires Tannous (foto: Lorena Dini/Divulgação)
Uma mistura de sons. Assim a cantora, compositora e instrumentista sul-mato-grossense Thamires Tannous define seu segundo álbum autoral, Canto-correnteza. Radicada em São Paulo desde 2005, a artista diz que o novo disco traz uma rica mistura das influências, entre elas ritmos característicos do Sul de seu estado natal, assim como a musicalidade árabe. Entre os temas das canções estão as saudades de sua terra natal, as dores e angústias da vida moderna e um chamado à questão das terras indígenas.

Independente, o disco conta com as participações especiais de Chico César, na canção Caipora, do acordeonista gaúcho BB Kramer, e do violoncelista francês Vincent Segal, que já tocou com Cesária Évora, Sting e Salif Keita. Os arranjos são assinados pelo violonista austríaco Michi Ruzitschka e trazem sonoridades inspiradas no universo percussivo brasileiro e africano. Das 10 faixas, nove são de Thamires, sendo três delas parcerias com Chico César, Consuelo de Paula e Kleber Albuquerque.

Há ainda uma releitura de Espumas ao vento, composição de Accioly Neto, mas desta vez vestida de chacarera, um ritmo tradicional argentino e do Sul do Brasil. A cantora estreou com Canto para Aldebarã (2014), produzido por Dante Ozzetti e que inclui uma parceria com Luiz Tatit, na canção Já deu!.

Sobre seu segundo álbum, ela diz: “O conceito deste disco está bem diferente. O primeiro foi focado em trazer as percussões árabes, pelo fato de eu ser de família árabe dos dois lados. Agora este já foi bem mais focado no Brasil mesmo”.

No caso de Canto para Aldebarã, ela conta que compôs as músicas “em ritmo de percussão árabe e então deu uma mistura diferente. Não foi criado originalmente em cima de ritmos brasileiros, mas acabou tendo essa influência pelo fato de eu ser brasileira, dos arranjos do Dante e dos instrumentos que amo. As percussões eram bem árabes e foram gravadas por um libanês”.

Canto-correnteza, diz, “é um disco bem mais Brasil e world music. Gosto de dizer que o meu som é uma música brasileira contemporânea/world music, caso tivesse de classificá-lo”. Thamires pretende trazer o show a Minas. “Estou conversando com o Makely Ka, que está me ajudando nisso. Temos uma parceria, mas que acabou não entrando no álbum porque não deu tempo. É uma letra muito linda que deverá estar no próximo”.

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Canto-Correnteza
Independente (10 faixas)
R$ 25
Disponível nas plataformas digitais

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