No disco 'Trovão', Larissa Luz aposta na conexão com a África

Cantora baiana diz ter buscado uma abordagem contemporânea, mas respeitosa, do legado das religiões de matriz africana

por Augusto Pio 17/08/2019 11:18
Breno Galtier/Divulgação
A cultura africana inspirou o disco da baiana Larissa Luz (foto: Breno Galtier/Divulgação)

Trovão, terceiro disco da cantora Larissa Luz, chega depois de Mudança (2012) e Território conquistado (2016). Essa baiana é conhecida do público de BH: foi ovacionada durante as sessões do musical Elza, dedicado à cantora Elza Soares, apresentadas no Cine Theatro Brasil Vallourec em 2018.
Com 13 canções, o álbum nasceu da necessidade de trazer para o cotidiano a conexão ancestral com ritos e práticas das religiões de matriz africana. “Essa abordagem se dá sob uma perspectiva atual, urbana, crítica e divertida, mas com muito respeito”, explica Larissa.

Ela conta que sentiu a relevância de evocar a fé, instrumento de sobrevivência e resistência. “Além disso, quis produzir uma música energizante que sugere a dança, elemento de transe e uma via para alcançarmos lugares elevados espiritualmente”, comenta. O álbum teve as participações da cantora brasiliense Ellen Oléria e dos baianos Lazzo Matumbi, Luedji Luna, Letieres Leite e Gabi Guedes.

A mãe, professora de literatura, apresentou a Larissa o universo da arte. “Tenho a sensação de que desde os 4 anos já tinha ligação com a música. Toco violão, não com muita destreza, mas componho algo nele. Também faço música sem usar instrumentos, sozinha mesmo ou com beats”, revela.

Inquieta, a baiana já pensa no quarto disco. Antes, planeja lançar Trovão no formato físico, “para que as pessoas possam escutá-lo em seus aparelhos.”

TROVÃO
• De Larissa Luz
• Natura Musical
• 13 faixas
• Disponível nas plataformas digitais

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