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Thiaguinho faz show emocionante no Palácio das Artes: 'A gente precisa de amor'

- Foto: JP Lima/Divulgação
O show de Thiaguinho já estava pela metade, a plateia completamente encantada com o pagoderio, quando ele se sentou no banquinho para contar um pouco de sua história. Não que os fãs que lotaram o Grande Teatro do Palácio das Artes desconhecessem cada detalhe da trajetória do astro. Mas aquele momento, bate-papo com a plateia, criou um clima ainda mais intimista com o público, que vibrava com as declarações, o bom humor e as lembranças do ídolo. "Sou o pagodeiro mais paraguaio do Brasil", brincou, ao lembrar o tempo em que morou com a família em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, divisa com Pedro Juan Cabalero, no Paraguai.


Por isso, incluiu no repertório o bolero La barca, de Luís Miguel, um dos momentos mais emocionantes da apresentação da turnê Thiaguinho AcúsTHico. “Uma música que canto sempre que estou com saudades de tudo que já vivi. Sou fã do cantor e ligado a essa música por me fazer lembrar com carinho muito grande de uma época em que cresci tentando aprender meu violão, meu cavaco. É uma homenagem à terra em que eu cresci”.

E entre o Brasil e o Paraguai, Thiaguinho reconheceu ter sido influenciado por muitos gêneros musicais. “Cresci ouvindo música sertaneja, a polca paraguaia e música gaúcha. Sou uma mistura de muita coisa”, falou. Mas, apesar de o samba em Ponta Porã não ter muita força, o pagodeiro afirmou, citando letra de Maria Rita: “'Eu não nasci no samba, mas o samba nasceu em mim'. Minha vida é isso. Morro de orgulho de cantar samba pelo país”. Jogando charme para as fãs, o cantor definiu-se ainda com um romântico e sonhador. “Tratem-me com carinho”, pediu, levando as mulheres aos gritos.

Thiaguinho não escondeu a felicidade de rodar o Brasil com a turnê AcúsTHico. “Está sendo uma delícia mostrar de uma maneira diferente para vocês músicas que talvez não estejam acostumados a ouvir na minha voz, além de músicas da minha carreira em versão acústica”. Apesar de o show estar há um tempo na estrada, Thiaguinho incluiu Oceano, de Djavan, pela primeira vez no show do Palácio das Artes. O pagodeiro é fã incondicional da obra do músico alagoano.


Além de novas versões para as canções do repertório, Thiaguinho – que tem grande presença de palco – fez versões respeitosas para sucessos populares. Como foi o caso de Pais e filhos, do repertório do Legião Urbana. “Estamos vivendo um tempo em que as pessoas estão bloqueadas e não falam 'eu te amo'. As pessoas vivem para juntar dinheiro, roupa, carros, mas, no fim das contas, o que vai ficar é o amor. Todo mundo precisa de amor”. Não faltaram também elogios do pagodeiro aos mineiros, além de vibrar com o Jota Quest: “São meus grandes amigos e tenho certeza do orgulho de vocês por eles. Ainda elogiou Fernanda Mello, compositora da canção Só hoje, uma das oito músicas escritas por ela para a banda.

Nunca se viu tanta gente chegando muito tempo depois do início do show, o que provocava um senta e levanta que causava desconforto. Da produção do espetáculo, o único porém foi a luz, que, dependendo da posição do público, prejudicava e muito a visão de quem estava na plateia.

Thiaguinho fala da turnê AcusTHico e canta inédita



La barca, de Luis Miguel, na versão de Thiaguinho