Com declaração de amor, Lulu Santos estreou show Pra sempre em BH

No KM de Vantagens Hall, cantor e compositor apresentou show dançante recheado de hits. Veja como foi

por Mariana Peixoto 02/06/2019 12:18
Adeilson Andrade/Divulgação
Lulu Santos estreou show Pra sempre no KM de Vantagens Hall (foto: Adeilson Andrade/Divulgação)
“Vamos nos permitir”. O verso do primeiro hit, Tempos modernos, deu o tom a Pra sempre, show que Lulu Santos estreou na noite de ontem (1º) no KM de Vantagens Hall. A canção tem 37 anos – e boa parte das músicas executadas em duas horas de apresentação já tem dois dígitos de vida. A despeito disto, Lulu reconfigura seu repertório, atualizando sua produção.
 
Foi uma volta para o futuro o show que marcou o lançamento de seu novo álbum. Pra sempre, no ar há uma semana, é o disco belo-horizontino de Luiz Maurício Pragana dos Santos. Foi composto em Belo Horizonte e dedicado ao agora marido Clebson Teixeira, baiano residente há cinco anos na capital mineira. A abertura foi do DJ Anderson Noise, que gravou com Lulu a instrumental Quae sera tamen (Savassi by night)
 
Depois de emendar três sucessos – Tempos modernos, Tudo com você, Adivinha o que – Lulu falou para a plateia pela primeira vez: “Muito obrigado por terem escolhido passar essa noite aqui. Esse foi o passado. Agora, o futuro.” Foi a vez de Orgulho e preconceito, uma das novas músicas. “Essa canção é pra você nunca mais/Ter que sussurrar quando diz que me ama/Pra te libertar de todo julgamento alheio.” No final, ele manda: “Te amo, Clebson”.
 
 
Desta maneira, a apresentação nunca perde o ritmo. No palco, ele demonstra a felicidade na vida pessoal. Mestre, desde muito, em fazer grandes shows pop, dá espaço para seus músicos. O baixista Jorge Ailton mandou o funk Coadjuvante na primeira troca de roupas de Lulu. O backing vocal Robson Sá fez graça com que a plateia, que não demorou a imitar seus passos. 
 
Priscila Prado/Divulgacao
Show foi apresentado uma semana após lançamento do novo disco de Lulu (foto: Priscila Prado/Divulgacao)
Tão real
, outra das novas, cita BH nominalmente. “E leva essa canção/Para Belo Horizonte/Com meu coração.” O refrão de rima fácil logo começou a ser cantado pela plateia. Do palco, Lulu ainda perguntou se alguém sabe de algum apartamento em Lourdes (atenção, corretores). 
 
Lulu nos lembrou o tempo inteiro a quantidade de hits que possui. Um certo alguém, O último romântico apareceram em levadas mais lentas. Tudo bem foi interpretada somente com o acompanhamento do tecladista Hiroshi Mizutani. Lulu foi da guitarra ao ukelele, passando para o violão e voltando à guitarra. Intimista em um momento, dançante em outro, foi acompanhado o tempo inteiro pelo coro do público, predominantemente feminino.
 
Que foi com ele Inclusive quando mudou letras. “Com força e convicção, redemocratizo o pronome, pra nessa intervenção, tornar, indiscriminada, a emoção, para todos nós”. Tal improviso veio no meio de Tão bem. A primeira parte da canção foi interpretada tal qual ele gravou, em 1984. Com coerência, Lulu mudou a segunda parte da letra. “E ele me faz tão bem/Eu também quero fazer isto por ele”. Outra mudança ainda apareceria mais tarde, já no final, quando ele suprimiu o verso “Você é minha mulher”, de Toda forma de amor.
 
Já no encerramento, Lulu citou o verso “Tolice é viver a vida sem aventura”, de O último romântico, estampada na camiseta de um grupo de garotas bem jovens na frente do palco. “Como costumo dizer, isto não começou ontem e nem vai acabar amanhã. Clebson, te amo”, ele se despediu do palco. A aventura está só começando.

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