Roger Waters encerra polêmica turnê no Brasil nesta terça-feira

Ele fez questão de se posicionar politicamente, em manifestações contrárias a Jair Bolsonaro

por Paulo Galvão 28/10/2018 23:52
AFP / Mauro Pimentel
(foto: AFP / Mauro Pimentel )

Um dos personagens mais polêmicos da campanha para presidente em 2018, o músico Roger Waters encerra nesta terça, com show em Porto Alegre, a passagem pelo Brasil. O britânico passou por outras sete capitais desde 9 de outubro, dois dias depois do primeiro turno, com shows em São Paulo, Brasília, Salvador, Belo Horizonte, Rio e Curitiba, onde se apresentou no sábado.



Em todos as apresentações, ele fez questão de se posicionar politicamente. No primeiro show em solo brasileiro, na capital paulista, o ex-integrante do Pink Floyd surpreendeu. Incluiu, na lista de políticos chamados por ele de fascistas (como o presidente dos EUA, Donald Trump), o nome do então candidato a presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. O candidato do PSL foi eleito neste domingo ao derrotar nas urnas o petista Fernando Haddad, neste segundo turno da eleição.

A iniciativa gerou polêmica. Na sequência, o nome do candidato pelo PSL foi substituído por “censurado”, mas o britânico não se intimidou em colocar no telão o #elenão, mote de campanha contra o agora presidente eleito do Brasil.

Na noite de sábado, em Curitiba, ele voltou a usar a mesma estratégia. Atento à legislação, ele fez aparecer a hashtag no telão faltando poucos minutos para o prazo final para manifestações políticas, recebendo apoio, mas também vaias, como em outras cidades que receberam a apresentação.

Resta saber como será o comportamento do músico amanhã. Na capital gaúcha, Bolsonaro teve 56,85% dos votos válidos, contra 43,15% de Haddad.

Depois do show na capital gaúcha, Waters seguirá com a turnê Us + Them para Montevidéu, no Uruguai. Depois, vai a Buenos Aires (Argentina), Santiago (Chile), Lima (Peru), Bogotá (Colômbia) e San José (Costa Rica).

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