Festival Nacional da Canção, que chega à 48ª edição, abre seletivas no dia 27, em São Lourenço

Serão sete etapas até a final, em 8 de setembro, em Boa Esperança. Concurso distribui R$ 220 mil em prêmios

por Márcia Maria Cruz 07/07/2018 08:00
Carol Siqueira/Divulgação
Nando Reis é a atração da segunda etapa de seletivas, em Extrema (3/8 e 4/8). Além de revelar novos talentos, festival promove shows de veteranos (foto: Carol Siqueira/Divulgação )

Um dos mais tradicionais festivais de música do Brasil chega à sua 48ª edição neste ano. O Festival Nacional da Canção (Fenac) terá a primeira de suas sete seletivas em São Lourenço, nos próximos dias 27 e 28. De lá, segue para Extrema (3/8 e 4/8), São Tomé das Letras (10/8 e 11/8), Coqueiral (17/8 e 18/8), Guapé (24/8 e 25/8) e Nepomuceno (31/8 e 1º/9).  As semifinais e a final serão realizadas em Boa Esperança, de 6 a 8 de setembro. Das mais de 2 mil canções autorais que foram inscritas, a organização selecionou 120 composições  para a disputa.

O Fenac abre espaço para artistas desconhecidos do grande público e traz também nomes consagrados.  O cantor e compositor Nando Reis será a atração em Extrema. A etapa de Coqueiral terá Oswaldo Montenegro, Kamy e Sideral. O grupo 14 Bis subirá ao palco em Nepomuceno. O encerramento terá o show Encontro marcado, que reúne 14 Bis, Sá e Guarabyra e Flávio Venturini.

O festival distribuirá R$ 220 mil em prêmios. “As cidades foram escolhidas pela sintonia com a população. São Lourenço é um exemplo. As praças ficam lotadas. As pessoas gostam de conhecer as letras das músicas. Apoiam o festival”, afirma o idealizador do evento, Gleizer Corrêa Naves. O reconhecimento da importância do festival pela população pode ser comprovado pelos números. A média de público é de 10 mil pessoas a cada seletiva.

As mais de 2 mil composições submetidas ao Fenac vieram de 23 estados brasileiros, o que permite ao festival ser um bom espelho da produção feita hoje no país. “É bem representativo do que o brasileiro está fazendo. Temos todos os gêneros musicais”, ressalta Gleizer. Além da disputa musical, o festival oferece outras atrações culturais, como teatro e dança.

Gleizer ressalta que, além de revelar talentos, o Fenac se esmera em oferecer infraestrutura adequada para que os artistas se apresentem. “A importância não é só revelar talento, mas oferecer o palco. A grande carência dos artistas é ter lugar onde mostrar o tra

O festival também se tornou espaço de encontro entre artistas. “Os artistas se encontram, trocam informações e mostram o trabalho. Os mais novos recebem incentivo dos mais tarimbados. Muitos grupos se formam no festival; um nordestino faz parceria com um gaúcho. Depois se encontram para fazer show em São Paulo”, cita o idealizador.

Um exemplo de como o festival abre os horizontes artísticos é a trajetória do músico Dani Black, que se apresentou no festival quando ainda era menino. Depois da primeira participação, ele esteve em outras edições com composições interpretadas por outros músicos. Dani Black é filho de Tetê Espíndola e, atualmente, é um dos músicos que acompanham Milton Nascimento. “O Brasil é musicalmente rico demais, mas nem sempre a mídia oferece oportunidade para esses talentos. Além disso, o festival é uma chance para que o público entre em contato com música de qualidade. É muito gratificante para os dois lados: artista e público”, afirma Gleizer.

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