Sidney Magal comemora 50 anos de carreira e traz a BH a turnê Bailamos

Com direito a ingressos esgotados e sessão extra, o cantor traz os clássicos e o remeleixo na quarta e quinta-feira, 21 e 22 . Novo DVD tem rap, música sertaneja e clássicos do brega

por Ana Clara Brant 19/02/2018 08:00

Julianna Torres/divulgação
(foto: Julianna Torres/divulgação)

Sidney Magal não passou incólume ao carnaval. Recebeu homenagem na folia em Belo Horizonte, foi atração de um camarote na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, e desfilou com seu próprio bloco em São Paulo, cantando por três horas ininterruptas. “Tem que ter disposição física, mas o resultado foi muito gostoso. Carnaval é uma festa e fico muito feliz em saber que sou sinônimo de alegria e diversão. Tenho tudo a ver com esse clima”, afirma ele.

Esta semana, Magal traz a BH a turnê Bailamos, comemorativa de seus 50 anos de carreira. Os ingressos para quarta (21) e quinta-feira (22), no Sesc Palladium, acabaram. Foi preciso abrir uma sessão extra. “Vai ser tipo carnaval. Na quinta, faço uma apresentação às 18h e outra às 21h. Uma loucura, mas é bacana isso. Graças a Deus está sendo um sucesso também nos outros lugares”, revela o cantor, de 67 anos.

Como não poderia deixar de ser, o show – que acabou de ser lançado em DVD – é uma grande festa. O repertório traz não apenas clássicos imortalizados na voz e no remelexo de Sidney Magal (Me chama que eu vou, Sandra Rosa Madalena e Meu sangue ferve por você), como canções que marcaram a trajetória dele. Não vão faltar o medley da Jovem Guarda, o hit sertanejo Entre tapas e beijos (Leandro & Leonardo) e até Abre alas, de Ivan Lins.

“Resolvi fazer um passeio por todos os momentos que vivi. Tem Jovem Guarda, brega, Wando, Reginaldo Rossi, Ultraje a Rigor, música em espanhol, pois já gravei nesse idioma, e, claro, hits e algumas inéditas”, adianta.

Entre as novidades está Um brinde à vida, faixa do novo DVD com participação do rapper paulista Rincon Sapiência, cujo clipe está bombando na internet. “Não conhecia muito o trabalho dele. Meu filho tem 28 anos e está antenado com tudo de novo na música. Quando conheci o Rincon, gostei muito, disse que não tinha restrições a gênero algum. Ele também veio de coração aberto. Nós adoramos o resultado”, destaca Magal.

O show é um grande baile, com direito a cenário caprichado, projeções, banda e bailarinas. “Só vão faltar os convidados que participaram do disco e da gravação do DVD: Alexandre Pires, Milton Guedes, Ney Matogrosso, Rogério Flausino e Rincon. Uma turma da pesada”, pontua.


LIVRO

Turnê, CD e DVD são apenas parte dessa festa. Já está nas livrarias Sidney Magal: muito mais que um amante latino (Irmãos Vitale), biografia assinada pela jornalista Bruna Ramos da Fonte. Em breve, vão estrear um documentário e o filme sobre a história de amor entre o cantor e a mulher, Magali West. Foi paixão à primeira vista – o casal está junto há quase 40 anos. “Quando a conheci, em 10 minutos a pedi em casamento. Foi um arrebatamento que rendeu três filhos: Nathália, Rodrigo e Gabriella”, conta ele.

De acordo com Sidney, o marco de sua carreira se deu aos 15 anos, quando começou a se apresentar em programas musicais. Na época, recebeu o apoio da mãe, que adorava cantar, e do tio ator. “Se for analisar, dá até mais de 50 anos. Mas é o meu início profissional”, justifica. Além da música, ele participou de várias novelas e longas-metragens – em 2016, fez o papel de si próprio em Magal e os Formigas, dirigido por Newton Cannito.

Entre as curiosidades da biografia está o fato de o ator e cantor mentir a idade. “Quando estourei, devia ter uns 27, 28 anos, mas a gravadora achava que pegava melhor falar que era mais jovem. Acabei embarcando e diminuí uns três, quatro anos. Só revelei a verdade agora, com o lançamento do livro”, conta Sidney, aos risos.

Outra curiosidade é o parente ilustre: Vinicius de Moraes (1913-1980). “Minha avó era irmã da mãe dele. Ou seja, minha mãe era prima em primeiro grau do Vinicius. Certa vez, até lhe pedi uma ajuda. Queria cantar uma música dele para dar uma impulsionada. Ele chegou pra mim e disse mais ou menos assim: ‘Olha, na boa, se eu tivesse esse seu físico, sua aparência, não ia ficar sentado num banquinho tocando violão. Tem que partir pra galera’. Na época, não gostei do conselho, achei que não queria me dar a canção. Só anos depois fui entender a genialidade dele. Vinicius sabia que eu não tinha o perfil de bossa nova”, relata. Tempos depois, gravou o clássico Minha namorada, parceria de Vinicius com Carlos Lyra.

BREGA

Sidney Magal diz ter muito orgulho de sua trajetória, apesar das críticas que recebeu no início da carreira, quando a imprensa o ironizava, tachando-o de brega e de “cantor de uma música só”.

“Se não fosse um cara de sucesso, de talento, não arrastaria a multidão no carnaval, não lotaria o Espaço das Américas, em São Paulo, onde gravamos o DVD, não teria sessão extra em BH. Ao olhar para trás, é gratificante ver que deu tudo certo. Não fiz nada pra me vingar de ninguém nem pra me mostrar. Quero apenas me fazer respeitado e, principalmente, fazer as pessoas se divertirem e se alegrarem. Essa sempre foi minha intenção e acho que tenho conseguindo”, conclui.

BAILAMOS

Turnê comemorativa dos 50 anos de carreira de Sidney Magal. Sesc Palladium. Rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro. Ingressos esgotados para quarta e quinta-feira (dias 21 e 22), às 21h. Sessão extra na quinta-feira, às 18h. Inteira: R$ 60 (plateia 1), R$ 50 (plateia 2) e R$ 40 (plateia 3). Meia-entrada na forma da lei. Informações: (31) 3270-8100.

TÚNEL DO TEMPO


1979
No filme Amante latino


1981
Na capa do disco Quero te fazer feliz


2000
Astro sexy do disco Baila Magal


2004
Frazão, na novela Da cor do pecado (TV Globo)


2005
Como Zorro na novela Bang bang (TV Globo)


2016
No filme Magal e os Formigas

MAIS SOBRE MUSICA