Multidão comemora os 120 anos de BH ao som de Skank na Praça da Estação

Evento também teve apresentações de B-Negão, Bala da Palavra e Pereira da Viola

por Gustavo Werneck 12/12/2017 23:02
Marcos Vieira/EM/D.A.Press
(foto: Marcos Vieira/EM/D.A.Press)

Música, alegria e muitas palavras positivas para celebrar os 120 anos de Belo Horizonte. Na noite de ontem, numa mistura bem batida de pop rock, rap e viola, moradores e visitantes curtiram o clima de festa de aniversário na Praça Rui Barbosa (Estação), no Centro da capital, ao som do Skank, B-Negão, Bala da Palavra e Pereira da Viola. Atração mais esperada, Samuel Rosa & cia. entraram em cena às 21h e eletrizaram a plateia, estimada em 15 mil pessoas, segundo os organizadores, com os sucessos Do mesmo jeito e Partida de futebol. A promoção do show comemorativo esteve a cargo da Prefeitura de Belo Horizonte, via Belotur, Secretaria Municipal de Cultura e Fundação Municipal de Cultura.

“Modéstia à parte, conheço muita coisa de Belo Horizonte. E quem escolheu este local para a festa escolheu bem, pois, desde o início da cidade, esta é uma praça de reunião”, disse Samuel Rosa para, logo depois, acrescentar: “Quem disse que Belo Horizonte não tem mar? O que eu vejo daqui é um mar de gente!” O povo delirou, pois, na sequência, veio Ainda gosto dela, que tem os versos “Ainda vejo o luar/Refletido na areia/Aqui na frente desse mar/Sua boca eu beijei...”

A noite de aniversário de BH começou meio tímida às 19h30 e aos poucos o Bala da Palavra foi contagiando gente de todas as gerações com suas letras de cunho social e contra a violência e revivendo hinos de uma época, como Disparada, de Geraldo Vandré e Théo de Barros. No fim da apresentação, que durou uma hora, o vocalista Douglas Din improvisou e ganhou aplausos com a rima em homenagem à capital. “Desde menino/tenho orgulho de dizer/que sou belo-horizontino. Em entrevista, todo feliz, Douglas disse que esse tipo de manifestação é o melhor presente para a cidade onde nasceu.

OUTROS PRESENTES Mesmo com o trânsito complicado na Avenida dos Andradas, levando os motoristas a pequenos ataques de nervos, muita gente preferiu o clima de tranquilidade diante do palco. As amigas Ana Vitória Miranda Pacífico, de 20 anos, estudante de história, moradora do Bairro Copacabana, na Região da Pampulha, e Ana Beatriz Miranda Baeta, de 20, estudante de jornalismo e que vive no Bairro da Graça, curtiram a festa e gostaram de tudo. “Gosto muito da minha cidade, principalmente dos bares e das praças. A da Liberdade, então, é a que mais admiro”, disse Ana Vitória. Ana Beatriz prefere as praças e gostaria que BH tivesse mais eventos culturais.

No maior clima de romance, o casal de namorados Natália Rezende, de 22, maquiadora, e Paulo Henrique Fernandes, de 21, músico, moradores do Bairro Sagrada Família, acreditam que segurança e transporte público de qualidade seriam, no momento, os melhores presentes para a cidade que completa 120 anos. “É uma cidade linda, mas ainda muito carente de serviços públicos”, afirmou Natália.

Curtindo toda a festa, os namorados Nicole Rocha, natural de Juiz de Fora e residente em BH há três anos, e Igor Suzuki, paulista e morador há seis, ambos engenheiros, chegaram à Praça da Estação antes do show do Bala da Palavra. “BH tem muitas atrações culturais, isso é muito importante”, disse Nicole. Já Igor prefere aproveitar a natureza e praticar esportes.

A animação contagiou também os adolescentes Davi William, de 15, e Mateus Henrique, de 17, que vieram de Ibirité, na Grande BH, e se encontraram com o amigo Victor César, de 16, do Barreiro. Os meninos curtiram os sons da noite, fizeram amizades e, claro, arrumaram namoradas. “Tem muita menina bonita aqui!”, disse Davi.

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