Barão Vermelho chega a BH pela primeira vez depois da saída de Frejat

Com Rodrigo Suricato nos vocais, ícone do rock nacional se apresenta neste sábado

Pedro Galvão
Suricato substitui Frejat, ao lado de Maurício Barros e guto Goffi - Foto: Leo Aversa/divulgação
Em mais de 35 anos de história, o Barão Vermelho já teve caras diferentes. E que caras: primeiro Cazuza, depois Roberto Frejat – figuras icônicas do rock nacional. Dar sequência à trajetória construída por eles foi o desafio aceito por Rodrigo Suricato, de 38 anos, que assumiu o lugar de Frejat em janeiro. Sábado, a terceira formação da banda desembarca pela primeira vez em BH.

“Tem sido maravilhosa a convivência com eles. Antes de artistas, são pessoas e me interessa muito o contato com pessoas reais. Parece que somos amigos há muito tempo e isso se traduz no palco. Início de relacionamento é muito gostoso, né?”. Assim Suricato define o começo de seu “casamento” com o Barão.
Na estrada desde abril com os veteranos, ele interpreta os hits da banda com originalidade e pegada própria.

“O Barão tem um legado enorme, o que poderia levar a crer que seria jogo ganho. Porém, com o tempo, tenho percebido, até pela desconfiança do público, que legado você pode até herdar, mas respeito é uma coisa que você conquista. O principal é isto: o respeito à nova formação, à autenticidade do que está sendo proposto, ou seja, a terceira fase do Barão”, explica o vocalista e guitarrista.

POP STAR Há sete anos, Suricato despontou no talent show Pop star, da TV Globo. Era o líder da banda batizada com seu sobrenome. Depois de aceitar o convite para integrar o Barão Vermelho, ele continuou com o grupo, que mescla rock com MPB. “É muito bom poder transitar em várias coisas ao mesmo tempo. Minha geração não tem medo da pluralidade, que acaba sendo definida como identidade. Suricato também é prioridade, mesmo sendo uma proposta completamente diferente do Barão”, explica.

Quando o Barão Vermelho começou a despontar na cena nacional, Suricato ainda era criança. No entanto, a diferença de gerações inspira uma boa troca de experiências. “Minha geração tem a ensinar (aos veteranos) uma certa liberdade de transição entre vários trabalhos. Não fazemos só uma coisa, talvez eu não conseguisse ser só Barão durante 30 anos. Nós não nos interessamos por nos confinarmos em apenas um trabalho. O que temos a aprender é a preocupação maior com a comunicação.
Ou seja, alcançar cada vez mais gente, o que não noto muito hoje em dia (nos jovens), salvo algumas exceções”, argumenta.

Sem lançar inéditas desde 2004, o Barão promete um novo disco para 2018. Por enquanto, o foco é a atual turnê. “O combinado era a gente primeiro se conhecer melhor para depois ter um filho”, compara. Além de Suricato (vocais e guitarra), a banda é formada por Guto Goffi (bateria), Maurício Barros (teclados), Fernando Magalhães (guitarra) e Rodrigo Santos (baixo).

A turnê que chega amanhã ao KM de Vantagens Hall foi apresentada no Rio de Janeiro, em Juiz de Fora e em São Paulo. O repertório inclui hits de todas as fases da banda – entre eles, Puro êxtase, Bete Balanço, Pro dia nascer feliz, Pedra, flor e espinho e Por você.

BARÃO VERMELHO
Sábado (15/7), às 22h. KM de Vantagens Hall, Avenida Nossa Senhora do Carmo, 230, Savassi, (31) 4003-5588. Pista/arquibancada (2º lote): R$ 110 (inteira) e R$ 55 (meia-entrada). Vendas on-line: www.ticketsforfun.com.br. Informações: (31) 4003-5588..