Banda Cavalera Conspiracy celebra 20 anos de 'Roots' em show no Music Hall

Apresentação acontece nesta quinta (15) e relembra álbum que foi referência do Sepultura

por Pedro Antunes/Estadão Conteúdo Daniel Seabra 14/12/2016 20:03
Em 1993, quando lançou Chaos A.D., o Sepultura balançou as estruturas da cena metal, ao mostrar um som diferente do que fazia desde sua origem. Mas a surpresa maior veio três anos depois, quando a banda mineira, então formada por Max Cavalera (vocal e guitarra), Igor Cavalera (bateria), Andreas Kisser (guitarra) e Paulo Júnior (baixo) colocou no mercado o disco Roots.
Napalm Records/Divulgação
A banda Cavalera Conspiracy celebra os 20 anos do álbum Roots, do Sepultura, tocando-o na íntegra (foto: Napalm Records/Divulgação)

Aí sim, com sonoridade quase indígena (duas músicas, Itsári e Jasco, foram gravadas em uma tribo xavante, e Ratamahatta teve a participação de Carlinhos Brown), eles marcaram época, ao introduzir elementos de música brasileira no universo do metal. Foi também o último trabalho de Max com o Sepultura, já que pouco depois os vocais foram assumidos por Derrick Green.

Para celebrar os 20 anos de lançamento desse álbum referencial, a banda Cavalera Conspiracy – formada pelos irmãos Iggor (bateria) e Max Cavalera (vocal e guitarra),  Marc Rizzo (guitarra) e Johny Chow (baixo) – faz um show hoje, no Music Hall, em que voltam a tocar Roots na íntegra.

Ao Estado de Minas, o baterista Iggor Cavalera explicou como surgiu a ideia de relembrar o Roots. “A ideia veio do Max. No início fiquei de pensar sobre o assunto, mas depois de assistir em Londres o Flag tocando os sons do Black Flag (banda de punk norte-americana), me inspirei para fazer o Return to Roots”, disse, referindo-se à turnê de celebração que começou em setembro, nos EUA, passou pela Europa e chega hoje Belo Horizonte.

Iggor comentou sobre o setlist, que deve agradar aos fãs do Sepultura e dos irmãos Cavalera. “O disco será executado na ordem do álbum. E depois tocamos os b-sides que foram lancados na época como bis”, revelou. “Algumas músicas, como Itsari ou Look away, nunca foram tocadas ao vivo. Está muito legal revisitá-las para tocar ao vivo.”

Sobre o Cavalera Conspiracy e os projetos para o próximo ano, Iggor explica que já existe um planejamento para um sucessor do disco Pandemonium. “Temos planos de fazer algo novo com o Cavalera em 2017. Lançamos um single com o Mixhell (projeto eletrônico de Igor) pela nossa gravadora, Delayed Records, e estaremos tocando como parte da banda Soulwax (banda de rock alternativo belga, da qual Igor faz parte”, disse.

Mesmo à distância, Iggor, que começou a tocar com o Sepultura ainda no início dos anos 1980, no Bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte, revela que acompanha a cena metal mineira. “Curto bastante o Chakal. Até desenhei o logo original deles, o Vladimir (Korg ) é um grande artista. Minhas favoritas são Nails, Test, Full of Hell, Desalmado, The Body, Code Orange e HO99O9. Acho bem legal o Overdose retornar com a formação original. Eles são os pioneiros do metal de Belo Horizonte”, destacou.

CAVALERA CONSPIRACY

Hoje, abertura às 19h, show previsto para 21h30. No Music Hall (Av. do Contorno 3.239, Santa Efigênia). Ingressos: R$ 100 (meia), R$ 140 (inteira promocional), R$ 200 (inteira), camarote open bar: R$ 195 (todas categorias). À venda na Cogumelo Discos e Fitas (Av. Augusto de Lima, 555, lj. 29, Centro), Túnel do Rock (Rua Rio de Janeiro, 839, Centro) e ticketbrasil.com.br. Classificação: 16 anos.

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