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Condenada pela justiça, UDR encerra as atividades e se defende nas redes sociais

Duo belo-horizontino de funk vai recorrer da decisão do Tribunal de Justiça que os considera culpados por incitação ao estupro e ao preconceito religioso

Estado de Minas
UDR em show recente no Studio Bar, em Belo Horizonte - Foto: Facebook / Reprodução
Famosos por suas letras polêmicas e adorados por uma legião de fãs de todo o Brasil, o duo belo-horizontino de funk UDR comunicou nesta quarta-feira,15, o encerramento de suas atividades e cancelamento de qualquer show previamente marcado. A decisão foi anunciada uma semana depois que o grupo foi condenado em primeira instância pela justiça por incitação de estupro e homicídio em suas músicas.

Em sua página oficial no Facebook, onde tem 40 mil seguidores, a dupla informou que recebeu a sentença da 8ª Vara Criminal de Belo Horizonte, mas que discorda da decisão e irá recorrer. Eles também afirmaram que sempre promoveram a inclusão e o questionamento das mazelas sociais através das sátiras feitas em suas letras. Confira a postagem:


No ultimo dia 9 de junho, o juiz da 8ª Vara Criminal de Belo Horizonte Luís Augusto Barreto Fonseca julgou procedente a denúncia do Ministério Público de que as letras do duo estimulam estupro de vulnerável, homicídio, uso de drogas e o preconceito religioso.

Os dois integrantes da UDR foram condenados por quatro crimes de incitação ao crime e quatro crimes de discriminação. A pena, fixada em 3 anos, 5 meses e 7 dias de reclusão e 120 dias-multa, foi substituída por duas penas restritivas de direitos: prestação pecuniária de quatro salários mínimos e prestação de serviços à comunidade ou entidades públicas.

Com um estilo musical auto definido “rock’n’roll anti-cósmico da morte” ou “funk satânico”, a UDR iniciou suas atividades no ano 2000 e ganhou projeção nacional através da divulgação das músicas na internet.
Com a proposta assumida de fazer um humor ácido e satirico, as letras da dupla falam sobre a negação das religiões, drogas e sexo. .