O Cabezas Flutuantes se apresenta na quarta-feira, dia 16, enquanto o Tempo Plástico faz seu show no sábado, penúltimo dia de festival. Além deles, também estão fazendo as malas no Brasil o Far From Alaska (Rio Grande do Norte), ruído/mm (Paraná), Clara Valente (Rio de Janeiro), DESAMPA (São Paulo), Jéf (Rio Grande do Sul), Folks (Rio de Janeiro), Planar (Rio de Janeiro), Rubel (Rio de Janeiro) e Jota Erre (São Paulo). O festival ainda terá conferências, palestras e exibições de filmes.
Misturando elementos do stoner rock e do grunge, o Tempo Plástico está preparando show especial para o festival. “Não vai ser hora de experimentar, temos que fazer o que sabemos de melhor”, conta o vocalista Fábio Gruppi. A banda deve mostrar o repertório de seus dois álbuns, mas também tem algumas versões de outros artistas “no bolso”, caso precisem. “Estamos ensaiando uma versão de Ando meio desligado, dos Mutantes.
O convite veio após o cadastro da banda no site Sonic Bids. “Organizadores do mundo todo consultam essa plataforma quando precisam de nomes para algum festival. À medida que você conquista mais seguidores nas redes sociais, ganha mais visibilidade no site”, explica o músico.
A banda já saiu do país, mas sempre para apresentações únicas. Desta vez, o grupo vai aproveitar a oportunidade para rodar pelos Estados Unidos, em sua primeira turnê internacional. Por enquanto, o Tempo Plástico já conseguiu agendar seis shows em outras cidades. “O Texas é um estado que tem muito orgulho do SXSW. A partir da nossa confirmação no festival, fomos conseguindo outros shows.” O processo funcionou todo por internet. Gruppi conta que disparou e-mails para vários organizadores de eventos, e o retorno foi imediato. “Foi tudo ‘na raça’, e o pessoal foi bem solícito. Impressionante como as coisas funcionam bem pela internet lá”, diz.
O músico diz que, para chegar ao ponto de ser convidado para um festival internacional, a banda firmou um compromisso e teve que passar por reformulação. “Tivemos que trocar nosso baterista e baixista. Todos os nossos atuais integrantes têm outras atividades, mas dão prioridade ao Tempo Plástico.
DISCO NOVO Já o Cabezas Flutuantes vai mostrar sua mistura musical e audiovisual pela primeira vez fora do Brasil. O novo disco do grupo, Experimental macumba, será lançado dois dias antes da apresentação no SXSW e deverá dominar o repertório. “Estamos pensando figurinos que conversem com a estética desse novo trabalho. Será uma pajelança louca”, brinca a idealizadora do projeto, Carou Araújo.
Ela conta que foi o terceiro ano consecutivo que inscreveu a banda para participar do festival. “No ano passado, chegamos a ficar na lista de espera. Desta vez, finalmente deu certo.”
Para chamar a atenção do público, ela diz que a insistência e perseverança também são o melhor caminho. “Quando se trabalha muito, as músicas vão surgindo naturalmente, os shows vão melhorando, o conceito vai ficando mais forte. No começo, desistir é mais fácil que continuar, mas se é realmente isso que você ama fazer, vá e faça”, diz ela.
Cerca de 2 mil artistas devem se apresentar no festival neste ano. L7, Judith Hill, Eliot Sumner, Bloc Party e Crystal Castles já estão confirmados. Mas quando questionados sobre quem mais querem assistir em Austin, os artistas mineiros respondem instantaneamente: Iggy Pop. “Vou correr para conseguir ver.
O vocalista do Tempo Plástico ainda espera que Iggy Pop convide o líder do Queens of The Stone Age, Josh Homme, ao palco. “Os dois estão trabalhando juntos em um projeto. Seria absurdo vê-los juntos em um show”, diz Fábio Gruppi..