Wesley Safadão sonha em cantar com Roberto Carlos; veja entrevista

Com cachê entre os maiores do Brasil e parceria procurada por artistas de vários segmentos, cantor comenta a guinada na carreira e novos projetos

19/01/2016 10:54

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(foto: Facebook/Reprodução)
O cantor Wesley Safadão se tornou um dos maiores fenômenos de audiência da música brasileira em 2015, com composições entre as mais tocadas nas rádios e clipes mais vistos na internet do ano. O interessante é que a grande repercussão, que pareceu repentina para muitas pessoas, veio 13 anos após o artista dar início à carreira, quando assumiu o comando da banda Garota Safada. O caminho para o sucesso começou em 2013, quando ele assinou um contrato com duas grandes empresas, que passaram a gerenciar a carreira do cantor. O grupo mudou e agora tem apenas na nomenclatura o nome de Safadão, apesar de manter os integrantes.

As mudanças no visual e no nome surtiram efeito e fizeram com que o ano de 2015 fosse o melhor da carreira de Wesley Safadão. “Não sou um artista novo no mercado e, ao ver tudo que se realizou em 2015, eu só agradeço a todos que fizeram desse ano tão surpreendente”, conta o artista. Neste ano, Safadão pretende continuar a colher os frutos do ano anterior. Em entrevista, ele fala sobre o sucesso em 2015, a ascensão do forró pelo Brasil e os novos projetos, como um dia cantar ao lado do Rei Roberto Carlos.

Entrevista >> Wesley Safadão

Você esperava que fosse se tornar um sucesso de público como é hoje na música brasileira?
Estou recebendo tudo isso como um presente. Não esperava tudo que está acontecendo. Já são muitos anos na estrada, não sou um artista novo no mercado. O forró, muito embora seja respeitado no Brasil, não tinha tanta popularidade. O que acontecia é que o Norte e Nordeste recebiam muito bem. Até viajávamos para São Paulo ou Rio, mas não íamos a outros lugares do Sul e Sudeste.

Muita gente o considera um artista da música sertaneja, apesar de você ter passado a carreira como representante do forró. Como você define seu estilo musical?
Eu tenho que admitir que demorou um pouco para chegar a uma definição, mas, a partir de um certo momento, atingimos o objetivo dentro do nosso segmento que é o forró. Começaram então a abrir portas que não esperávamos e estamos aproveitando da melhor forma. É um turbilhão de emoções.

Hoje o mercado brasileiro é dominado por ritmos que antes eram considerados de nicho, como forró, funk e sertanejo. Para você, o que causou essa virada?
A falta do novo no mundo e a recepção dele por essas pessoas. Esses ritmos foram pegando a realidade vivida pela população e colocando as batidas, os acordes, as notas e, por fim, a melodia. E o brasileiro se identificou com isso, com as letras e os ritmos.

Quem são os artistas que te influenciam e o que você costuma ouvir?
As pessoas que convivem comigo dizem que sou movido a música. Escuto desde reggae a rock’n’roll. A música liberta a alma, acredito nisso. Não sou uma pessoa de muitos ídolos. Tenho admirações por artistas que conseguiram construir histórias bonitas. Por que a Ivete Sangalo conseguiu ter uma história de sucesso e respeito? Assim como Jorge e Mateus também? Então, sempre que converso com eles é um aprendizado. Tem Roberto Carlos. Há dois anos, nunca imaginei que seria possível cantar com ele. Mas hoje sonho com isso. Não sei se está perto, mas quem sabe um dia, talvez, sei lá?

Em uma das faixas do DVD, você brinca que para ouvir poesia é preciso ir atrás de Roupa Nova e Djavan. Para você, o que sua música leva ao público?
Tento passar uma mensagem de alegria, de autoestima, mesmo cantando também músicas mais românticas. Eu até brinco que em um relacionamento você começa ouvindo Jorge & Mateus, termina com Pablo e, para dar a volta por cima, tem que ouvir Wesley Safadão.

Você terá seu próprio trio no carnaval. Como estão os preparativos para folia?
É muito puxado, nesta época, que começo um show às 15h e termino no outro dia às 6h, para depois voltar às 15h novamente. Eu praticamente não durmo. Geralmente como, canto e cochilo. É mais ou menos isso! (risos). Temos shows no Ceará, no Piauí, em Pernambuco, no Rio Grande do Norte e em Salvador - com quatro shows. Além de dois em Minas Gerais.

 

 

 

Saiba+

Brasil
Safadão teve duas músicas entre as mais tocadas nas rádios brasileiras em 2015: Aquele 1% (7ª colocação), de Marcos & Bellutti com participação dele, e Camarote (88ª posição).

YouTube
O clipe da música Aquele 1% ficou em segundo lugar entre os clipes mais vistos na plataforma em 2015. Em 10º lugar, aparece o da composição Camarote.

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