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Instrumental

Filarmônica de Minas Gerais estreia composição exclusiva de André Mehmari

Concerto com composição feita para a Orquestra tem o violoncelista Antônio Meneses como solista convidado

Carolina Braga
O violoncelista Antônio Meneses e o maestro Fabio Mechetti durante apresentação no Teatro Solis, em Montevidéu, em 2012 - Foto: EUGENIO SÁVIO/DIVULGAÇÃO
Colaborador frequente da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, o violoncelista Antônio Meneses chega a Belo Horizonte para mais um encontro com o grupo com expectativa alta. “O que vai acontecer de melhor é a nova sala. Estou muito contente de poder finalmente tocar com essa Orquestra no local (a Sala Minas Gerais) que todo mundo está dizendo que é uma maravilha”, afirma. Mais que isso: Meneses chega em dia de programa especial.


Os concertos de amanhã e sexta, às 20h30, apresentarão ao público Divertimento, obra sinfônica especialmente encomendada ao compositor André Mehmari. “O título não se refere a uma suposição de humor ou leveza, mas diz sobre a diversidade do discurso musical”, explica o compositor. Quando foi convidado a criar material inédito para o repertório da Filarmônica, o músico paulistano teve duas orientações: que tivesse 18 minutos de duração e explorasse toda a formação da orquestra.


André Mehmari conta que Divertimento apresenta uma grande gama de contrastes. “É bastante abrangente no sentido mais poliestilístico. Meu desafio como compositor foi manter essa diversidade e, ao mesmo tempo, criar uma unidade.

É uma espécie de ordem no caos”, detalha. O compositor deve chegar hoje a Belo Horizonte para fazer a primeira audição da peça no ensaio com a orquestra.

CAMINHOS

Foram aproximadamente dois meses dedicados a essa criação. Como Mehmari destaca, Divertimento salienta características da contemporaneidade erudita. “Uma sinfonia, hoje em dia, não pressupõe uma forma específica. Hoje, o compositor tem realmente muitos caminhos a seguir”, ressalta. O músico defende mais espaço para criações como essa. “Uma orquestra tem que dar voz aos seus compositores, afinal, tem que se relacionar com seu entorno. Não tem que ser uma bolha”, diz.


O programa a ser apresentado sob a regência do maestro Fabio Mechetti inclui a Sinfonia nº 1 em ré maior, conhecida como Titã, de Mahler, e também o Concerto para violoncelo nº 1 em mi bemol maior, op. 107, de Shostakovich, com participação do violoncelista Antônio Meneses.


André Mehmari é o autor de 'Divertimento', peça que a Filarmônica de Minas Gerais estreia amanhã em concerto em BH - Foto: MARISTELA MARTINS/DIVULGAÇÃO“É o concerto que ficou mais popular do Shostakovich. Talvez seja o mais tocado de todos. É uma obra que pega pelo ritmo, pelo preciosismo e, naturalmente, tem um efeito muito especial”, afirma o violoncelista. Esta será a 14ª vez que Meneses participa como solista de um concerto da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.

 

Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e Antônio Meneses 

Amanhã e sexta, às 20h30, na Sala Minas Gerais. Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Bairro Barro Preto, (31) 3219-9000

Ingressos: R$ 30 (balcão palco e coro), R$ 40 (mezanino), R$ 500 (balcão lateral), R$ 70 (plateia central) e R$ 90 (balcão principal).

Meia-entrada para estudantes  e maiores de 60 anos mediante comprovação.

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