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Melancólico

Adele canta superação melancólica nas faixas de '25'

Britânica descreve novo álbum como ''um disco de reconciliação'', mas ainda chora o amor perdido dos tempos de 'Rolling in the deep' nas novas faixas

 
Poucos álbuns são precedidos de tanta antecipação como acontece com 25, o novo disco de Adele.
O sucesso e impacto de seu antecessor, 21 (2011), talvez seja o principal motivo para a espera e "desespero" de muitos fãs — afinal, são três anos sem uma inédita da britânica desde que Skyfall foi lançada, em 2012.

Em meados de outubro, quando anunciou seu novo trabalho em postagem no Facebook, Adele conseguiu encher os fãs de esperança. Na ocasião, ela deixou bem clara as intenções com o terceiro disco: reconciliar-se consigo. O amor perdido cantado anteriormente não havia sido esquecido — o que fica bem evidente nas novas letras —, mas o amadurecimento a fez  perceber e aceitar a condição de não tê-lo mais. '25' chega às lojas nesta sexta-feira, 20 de novembro - Foto: Divulgação/Adele"Eu estou me reconciliando comigo mesma, reconciliando-me com o tempo perdido. Com tudo que eu já fiz e com o que ainda não fiz", afirmou a artista à época. A promessa de "músicas de superação" foi cumprida e Adele se prepara para lançar algo tão grandioso quanto seu trabalho mais conhecido.
 
A espera é premiada com um álbum único, com toques que relembram seus trabalhos antigos. Mas, ao mesmo tempo, com algo único e inédito. O primeiro single, Hello, abre o disco exatamente no ritmo que se deve seguir pelas próximas dez canções.

Gravado em Londres, Nova York, Los Angeles e Estocolmo, 25 conta com parcerias antigas e novas.
Bruno Mars assina a composição da bela e melancólica All I ask, enquanto Max Martin e Shellback — conhecidos por trabalhos com grandes divas pop em produções bem diferentes do estilo de Adele —, são responsáveis pelo aviso em Send my love (To your new lover).

Na terceira faixa, I miss you, Adele deixa claro que toda história de reconciliação e de aceitar seu novo “eu”, não é tão real assim. Co-escrita por Paul Epworth, com quem já trabalhou no sucesso Rolling in the deep, a música apresenta um grande lamento. “Não se vá, baby me dê luz. Eu sinto falta de você quando as luzes se apagam”, suplica a cantora junto ao pedido para seu amante puxá-la de volta e beijá-la “de volta à vida”. - Foto: AFP PHOTO / ANP / ALEXANDER SCHIPPERSA marca registrada do 25 é justamente o olhar para o passado. Um olhar para o velho amor e a antecipação do que será sua vida daqui em diante. Adele tenta reviver os momentos da juventude na melancólica When we were young e culpa os erros, embora “não consiga voltar” ao passado, como canta em River Lea. “Está nas minhas raízes, está nas minhas veias, está no meu sangue e eu mancho cada coração que uso para curar a dor”, completa a britânica, fazendo uma reflexão de si mesma.
 


 
Na carta aos fãs publicada em outubro, Adele ainda explicou sua nova fase, afirmando que vacila “no limite entre uma velha adolescente e uma adulta feita”. “Tomei a decisão de me tornar quem eu serei para sempre, sem arrastar corrente”. E a cantora entrega toda a reflexão, em um disco melancólico, com letras que perpassam por suas histórias, seus amores e sua vida. E após cantar as saudades em Million years ago, Adele finaliza em uma bela homenagem a seu novo amor, com Sweetest devotion: seu filho Angelo, de 3 anos.
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