Musica

Lulu Santos troca seu staff, muda a direção da carreira e traz Clubelux a BH

Cantor se apresenta neste sábado no Chevrolet Hall

Mariana Peixoto

Lulu Santos chama de “mau passo” o período recente de sua carreira. Depois de oito anos sob uma administração que ele denomina tóxica, o cantor e compositor se libertou das pessoas com quem trabalhava – o que acredita ter sido um “grande passo profissional”. A mudança ocorreu nos últimos três meses.


Ao público isso não interessa muito, a não ser pelo fato de que, graças à antiga administração, ele lançou, meio sem vontade, o CD e DVD Toca %2b Lulu – Ao vivo. Isso se deu no início deste ano, poucos meses depois de chegar ao mercado o álbum de inéditas 'Luiz Maurício', que levou quatro anos para ficar pronto.

Quando assistiu ao DVD gravado na carioca Fundição Progresso, o cantor viu que sua estética estava muito além do que era visto no show. “Não desonro de nenhuma forma o produto, mas 'Luiz Maurício' é muito mais importante para a minha carreira”, admite Lulu. Diante disso, ele criou 'Clubelux', que bebe na sonoridade do trabalho de canções inéditas, mais voltado para o eletrônico. O show, que acabou de estrear, chega neste sábado ao Chevrolet Hall.

São 110 minutos em cena, com repertório que reúne todas as fases de sua carreira, desde a estreia solo com 'Tempos modernos' (1982). “A gente se entrega com muita intensidade e venho encontrando um público generoso”, diz Lulu.

NOVIDADES A banda conta com algumas novidades. Uma delas é Sany Pitbull, DJ e produtor que trabalhou em 'Luiz Maurício' (participou tanto da pré-produção quanto assinou o remix da faixa 'Sócio do amor'). A outra é um parceiro das antigas: o saxofonista Milton Guedes, que se tornou o músico mais conhecido a acompanhar Lulu. A dupla passou 10 anos sem dividir o palco.

“Ele nunca deveria ter saído da banda. Uma das coisas de que me arrependo é não ter registro ao vivo com o Milton Guedes. Ele é ótimo músico, tem carisma e uma marca, o que serve como uma luva para o trabalho”, diz Lulu.

Do material mais recente, o show vai contar com 'SDV (Segue de volta)?', 'Luiz Maurício' e a já citada 'Sócio do amor'. “'Torpedo' está pra entrar, mas não ainda. É a próxima música que vamos trabalhar. Inclusive, quando voltar com o The Voice (o reality show retorna em setembro), meu primeiro número solo será com essa música.”

Das antigas, Lulu promete um pouco de tudo. Dá como exemplo 'Tempos modernos', “que acabou se tornando um standard, meio como o padrão da cultura de uma época”. Essa canção já teve versões acústica, eletrônica e roqueira. “Agora posso tocar como quiser. Se quiser, entro no meio do set para apresentá-la sozinho”, diz. Mas ele não vai fazer isso amanhã.

É vida que segue – para Lulu Santos, da melhor maneira possível. No início de setembro, ele faz um show em Nova York e outro em Miami. E participa do Rock in Rio, abrindo o Palco Mundo no dia 26 do próximo mês.

Quanto ao show em BH, ele usa seu mantra para falar sobre as duas horas da apresentação: “Free your mind... and your ass will follow” (Liberte sua mente... que seu traseiro vai atrás) – título de um álbum da banda Funkadelic. “Esse é o meu credo. A coisa mais interessante de um show de pop rock é a pessoa poder dançar sozinha. Você pode ser você”, conclui ele.

LULU SANTOS
Neste sábado, às 22h. Chevrolet Hall, Avenida Nossa Senhora do Carmo, 230, Savassi, (31) 4003-5588. Ingressos: 3º lote: R$ 140 e R$ 70 (meia); 4º lote: R$ 160 e R$ 80 (meia).