Lançado em versão com projeto gráfico simples, sem encarte ou embalagem sofisticada, o álbum pode ser baixado de graça no site do artista (www.hyldon.com.br). Se o fã preferir, pode ser comprado e recebido em casa, pelo correio, com autógrafo e tudo. Basta enviar e-mail para hyldonsouza@gmail.com. Sintomática ação daquele que é considerado um dos grandes do gênero, ao lado de Tim Maia, Cassiano e Carlos Dafé.
Hyldon, que só estreou em disco em 1975, depois de compor e produzir sucessos alheios e tocar nas bandas de Tim, Erasmo Carlos e Tony Tornado, soa como um quase estreante, relendo seu próprio material como se estivesse em estúdio, violão em punho, apresentando rascunhos para os futuros arranjos que tornaram sua obra atemporal e prestigiada.
Hits como As dores do mundo, Na sombra de uma árvore e a faixa-título ressurgem como música de barzinho, em versões que podem ser confundidas com simples releituras de fãs. Há faixas, como a sintomática Guitarras, violões e instrumentos de samba, que parecem gritar por um arranjo. Ou pelo instrumental que o trio Azymuth desenvolveu no LP original.
Outras, como o samba Balanço do violão, conseguem se sustentar. Mas todas longe, por exemplo, da série Acústico MTV, em que as canções eram reinventadas e atualizadas em formato sem eletricidade. Roots, bloody roots.
FAIXAS
• Eleonora
• Na rua, na chuva, na fazenda
• Sábado e domingo
• As dores do mundo
• Quando a noite vem
• Acontecimento
• Vamos passear de bicicleta
• Guitarras, violinos e instrumentos de samba
• Vida engraçada
• Meu patuá
• Balanço do violão