Além de Secundino, marcarão presença por lá instrumentistas como Renato Rocha (violão), Miudinho (cavaquinho) e Carlão (pandeiro). No repertório, estão sobretudo clássicos do choro, “território” que o homenageado domina tanto que, só de ouvir as primeiras notas, chega a lembrar de cor o acompanhamento de praticamente qualquer composição que for escolhida numa roda.
Ele aprecia, por exemplo, composições de Jacob do Bandolim, Pixinguinha e Altamiro Carrilho, para ficar apenas em três nomes. Secundino diz não ter mais paciência para estudar violão, que é meio indisciplinado. Não é para menos: ao longo da carreira, acompanhou artistas como Nelson Gonçalves, Orlando Silva, Silvio Caldas e Clara Nunes
Além disso, integrou o grupo de regional da Rádio Guarani, nos anos 1960, experiência que lhe proporcionou grande evolução técnica. “Acompanhávamos calouros e veteranos, era uma escola. Cada hora era uma música. Conheço mais ou menos quase tudo, e esse ‘quase’ é muita coisa”, lembra ele. Partitura é algo que o público jamais verá em sua frente.
Mistura A receita para manter-se bem disposto? “Não tenho hora de dormir, nem de acordar. Também não faço exercícios. Pela manhã, tomo café e assisto à TV. Depois do almoço, tiro um cochilo até por volta das 16h”, responde. Nas quintas-feiras em que toca na roda de choro do Bar do Salomão, na Serra, ele ainda estica a noite até A Casa, no Santa Efigênia, onde chega lá pela 0h para assistir à apresentação inteira do grupo DelegasCia. Anote a dica: ele nunca mistura cerveja, uísque e caipirinha.
Mozart Secundino
Roda de choro com vários instrumentistas. Nesta segunda-feira, às 19h. Status Café, Cultura & Arte (Rua Pernambuco, 1.150, Savassi). Couvert: R$ 10. Informações: (31) 3261-6045.