“É uma satisfação estar em Belo Horizonte, cidade que sempre me prestigiou”, observa Fagner. Essa empatia, acredita ele, talvez se deva ao fato de o mineiro ter relação forte com o Nordeste. O cearense diz que em Minas há gosto pela cultura que traz o interior para a capital. “Minha geração fortaleceu esse aspecto, trabalhou muito com a sintonia diferente que vem do interior”, observa, citando Zé Ramalho, Alceu Valença e Belchior.
O cearense Fagner sempre foi cantor e compositor. “É emoção, o prazer de comunicar o que faço e o que outros fazem”, explica. Interpretar, compara, é um pouco tomar posse da música. “Meus amigos brincam: caiu na minha boca, a música se torna minha”, diverte-se.
Os 40 anos de atividades significam a continuidade de uma tradição de família. O pai, os irmãos e a mãe dele também cantavam, inclusive profissionalmente. “Quando tinha 6 anos, já me levaram para o rádio. A musica está no nosso DNA. Aceitei essa vocação”, conclui.
FAGNER
Palácio das Artes, Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, (31) 3236-7400. Hoje, às 21h. Inteira: R$ 180 e R$ 150.