“Sempre tentei otimizar o trabalho e entregar o ouro aos meus alunos. Sempre fiz umas tabelas dessas nos meus cursos, mas informalmente”, conta Claudia. No 1º Seminário Brasileiro de Música Instrumental, realizado em Ouro Preto há quase 30 anos, ela criou a primeira versão dessa tabela, que se tornou referência para alunos e profissionais participantes do evento – e é usada até hoje por músicos como Marco Antônio Guimarães, do grupo Uakti.
“Nunca fiz uma revisão nela. Aliás, nunca tinha lido nem consultado a minha própria tabela. Achei frases geniais e simples que talvez eu não usasse hoje, mas encontrei também alguns erros”, afirma Claudia. O formato definitivo foi pensado como um impresso para ser desdobrado como um mapa ou jornal. Agrupados pelas famílias (madeiras, saxofones, metais, percussão, cordas, cada uma com uma cor de fundo), os instrumentos contam com descrições sobre timbre, aspectos técnicos e peculiaridades de execução.
IMPULSO “Preocupei-me em manter uma linguagem coloquial, não queria aquela coisa acadêmica”, conta Claudia Cimbleris. “Foi difícil escrever de forma simples, mais do que se fosse formal. Quero que todo mundo aprenda, quero simplificar, desmistificar. A tabela é voltada para qualquer um que queira escrever para qualquer formação. Ela é o impulso para ir além. O músico brasileiro tem grande talento, mas fica muito limitado ao conhecimento que lhe é dado.”
Com tiragem de 14 mil exemplares, a tabela foi viabilizada por meio do Fundo Municipal de Incentivo à Cultura e será distribuída gratuitamente em Belo Horizonte. Ela está disponível em escolas de música, bibliotecas, associações, fundações e centros culturais, num total de 13 endereços, incluindo o Palácio das Artes.
Tabela Cimbleris de Instrumentação
Lançamento e bate-papo com a autora. Hoje, às 16h, na Sala Juvenal Dias do Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1.537, Centro). Informações: (31) 3236-7400