“Nesse novo trabalho, a concepção é diferente, as composições são novas. A maioria delas foi escrita por mim e pelo guitarrista Mário Conde”, conta Raul de Souza. No palco, ele será acompanhado por Conde (que também toca cavaquinho), Fábio Torres (teclados), Glauco Sölter (baixo) e Serginho Machado (bateria). Esse é o grupo com o qual ele tem mais tocado nos últimos anos. O repertório inclui músicas de Tom Jobim ('Ela é carioca') e Nelson Cavaquinho ('A flor e o espinho').
O instrumentista tem carreira consolidada não apenas no Brasil, onde tocou com nomes como Pixinguinha, Milton Nascimento, Maria Bethânia, Hermeto Pascoal e Egberto Gismonti. Lá fora, chegou a dividir o palco com gente do quilate de Sonny Rollins, George Duke, Freddie Hubbard e Cannonball Adderley, além dos “exilados” Sergio Mendes e Airto Moreira. Morou por 16 anos nos Estados Unidos e atualmente se divide entre o sudoeste da França e São Paulo.
“Já dei muito ao trombone e continuo fazendo isso. Tenho vários seguidores pelo mundo e no Brasil, nem se fala. Eu trouxe uma nova maneira de improvisar, de tocar a melodia. Foi por isso que venci todas as barreiras, inclusive o racismo”, afirma. Numa discografia composta por 21 títulos, uma das características que mais chamam a atenção do ouvinte é o fraseado cheio de suingue. O artista desenvolveu, ainda, um trombone específico para suas performances, batizado de “souzabone”.
ATRAÇÕES O show de Raul de Souza terá abertura às 19h, com o grupo Choro Nosso, formado por Marcela Nunes (flauta), Renato Muringa (bandolim e cavaquinho), Agostinho Paolucci (violão de sete cordas) e Daniel Guedes (pandeiro), e com o baterista Felipe Continentino e banda (20h). Até o fim do ano, as demais edições da série BH Instrumental terão outras atrações locais selecionadas para os shows de abertura.
BH INSTRUMENTAL
Show de Raul de Souza e grupo. Sábado, a partir das 19h, na Praça Floriano Peixoto (Santa Efigênia). Informações: (31) 3222-5271. Entrada franca.