Um dos versos cantados por Sam Alves pode resumir o que ele, Lucy Alves e Dom Paulinho Lima estão vivendo nas últimas semanas. “As gotas de chuva sempre mergulham juntas em um louco temporal”, diz a música, que remete ao processo de “imersão total” do trio no processo de divulgação dos respectivos álbuns de estreia, lançados este mês.
“É uma rotina corrida e prazerosa, pois concretiza um trabalho importante. O disco sai para fechar o ciclo do 'The voice'. A correria vale a pena”, comenta Lucy. Ela foi finalista da última edição do reality da Rede Globo, vencida por Sam. Dom Paulinho também participou, mas não chegou à reta final.
Depois de 11 anos trabalhando com a família no grupo Clã Brasil, Lucy Alves leva para o CD solo suas raízes nordestinas. Multi-instrumentista e sempre acompanhada por sua sanfona, ela divide 'Morena tropicana' com Alceu Valença. Os dois, aliás, já fizeram turnê juntos.
Sem medo do rótulo de artista regional, Lucy avisa: “Sou uma cantora brasileira. As canções fazem parte do meu repertório particular, da minha vida’’. Do forró de 'Qui nem jiló' (Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira) à MPB de 'Olhos nos olhos' (Chico Buarque), o repertório traz uma inédita que ela ganhou de presente de Marisa Monte e Carlinhos Brown. “Essa música é leve e feminina. Ele a cantou para mim tocando violão”, conta Lucy a respeito de 'Se você vai eu vou'. A moça pretende investir em sua faceta autoral nos próximos trabalhos. Por enquanto, gravou 'Amor a perder de vista' no disco batizado com seu nome.
A voz Sam Alves convida para seu pop dançante na canção 'Be with me', cuja letra foi escrita por ele.
O cantor, que cresceu ouvindo música por influência da família, já trabalhou em peças de teatro e participou de corais de igreja. Sentiu que a sorte chegava quando sua interpretação de 'A thousand years' alcançou Christina Perri, autora do tema de um dos filmes da saga 'Crepúsculo'.
“Muita gente elogiou e fiquei muito supreso com o alcance dessa música. Até a Christina elogiou nas redes sociais”, conta. Agora, com o disco gravado, espera-se a performance ao vivo de Sam.
Alento O soul dita a alma do CD do cantor Dom Paulinho Lima, que gravou clássicos como 'Let’s get it on' (Marvin Gaye) – marca de sua estreia no 'The voice'. Eliminado, ele recebeu o convite para gravar o disco nos camarins do programa. “Estava triste e, de repente, veio a notícia. Nossa! Foi um alento muito grande”, recorda.
Com 35 anos de estrada, ele conta que o CD solo veio concretizar um sonho. “Fui meio produtor, meio pitaqueiro. Até pedi para tocar bateria, acho que enchi o saco do pessoal”, brinca Dom. O apelido foi dado por Tony Tornado – astro do soul brasileiro –, depois de dançar ao som de uma canção de James Brown interpretada por Paulinho. A homenagem foi retribuída: o “pupilo” regravou 'BR-3', a canção mais conhecida de Tony.