Essa é uma das premiações mais importantes da região da Catalunha, com cinco finalistas escolhidos por críticos especializados para cada categoria e premiação após votação popular. A mineira foi eleita com 40,5% dos votos como melhor nova proposta na categoria jazz. “Eu e meu grupo somos bem conhecidos dentro do circuito, temos um nome, mas a partir desse prêmio o status é outro. Isso abre portas e as pessoas ficam predispostas a ouvir o nosso trabalho de outra forma”, conta Luna.
De fato, não é pouco: a artista compõe e canta em português, fazendo jazz com molho brasileiro na Catalunha, região cuja população defende ardorosamente sua língua e cultura. “Minhas músicas são concebidas em bossa, ijexá, samba, partido-alto. Já nascem brasileiras. Já fomos classificados como world music, estamos no circuito do jazz, canto em português, fazemos improviso. É um brazilian jazz fusion”, define Luna.
CONEXÃO
Sobre o próximo disco, ainda sem nome, a cantora adianta que terá repertório formado por canções feitas com seu grupo (que conta com um brasileiro e quatro catalães) e com o mineiro Beto Lopes. Ele já colocou acordes em escritos dela e ela já escreveu letras para melodias dele, sendo que os dois continuarão trabalhando juntos até a volta de Luna para Barcelona, na segunda semana deste mês.
“Quero fazer mais projetos com os músicos de Belo Horizonte. Cada vez que venho aqui me surpreendo. O nível é muito alto. Quero muito fazer esse link e gostaria de levá-los para lá também”, elogia a artista. Inclusive, ela planeja levar o próprio Beto para a Espanha quando for gravar as novas composições, ano que vem.
ENGAJADA
Provando que é engajada, Luna Cohen gravou com seu grupo a canção A vida pode ser melhor para campanha da Organização Mundial de Saúde. O objetivo é informar a população mundial e entidades governamentais sobre a doença de Chagas. O vídeo que acompanha a música conta a história real de um paciente de 85 anos infectado e pode ser visto no site da artista: www.lunacohen.com