Neil Tennant e Cris Lowe voltam com fôlego renovado ao cenário da música eletrônica

Novo álbum 'dançante' é o 12º trabalho da dupla

por Arthur G. Couto Duarte 29/09/2013 00:13

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Johannes Eisele/Reuters-28/2/10
(foto: Johannes Eisele/Reuters-28/2/10 )
É por meio de uma aclimatação ao mesmo tempo expansiva, misteriosa e estrepitosamente épica que Neil Tennant e Cris Lowe assinalam o retorno triunfal do duo Pet Shop Boys. Axis, tema que serve de introdução ao recém-editado CD Electric, reverbera pelos alto-falantes por meio de uma batida devastadora, como a antecipar a euforia que, faixa a faixa, vai tomando conta do ouvinte.

Avaliado por Tennant e Lowe antes mesmo de ser concluído como um “álbum dançante”, aquele que vem a ser o 12ª trabalho de estúdio da dupla consegue se nivelar aos melhores títulos de sua discografia. Empenhados na missão de recuperar o terreno perdido com Elysium (2012), ambos dispensaram as lucubrações reflexivas que haviam dominado o álbum anterior em favor da contagiante exuberância synthpop que consagrou o duo ao longo das décadas de 1980 e 90 como ícone do mundo eletrônico.

Mais que prover um rescaldo virulento da mesma ruptura dos antológicos Behaviour e Actually, o novo disco se arremete sobre as pistas de dança, se valendo de mortíferas técnicas de guerrilha urbana, sem tempo para fazer reféns ou interesse em deixar sobreviventes. Shouting in the evening, Fluorescent, The last to die ou Inside a dream passam a impressão de terem sido forjadas apenas para deixar multidões abatidas contra o assoalho, consumando um autêntico extermínio sensorial.

Quase ao apagar de 2013, os veteranos Lowe e Tennant ainda se mostram guerreiros imbatíveis em sua electro-arte. Voltar atrás, impossível – Electric é o urgente manifesto de um Pet Shop Boys que queimou todas as pontes, estrategicamente apagou as próprias pegadas.

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