Maria Rita revisita clássicos da mãe Elis Regina e se diverte com o público e o aparato da turnê

Show será nesta sexta-feira, no Chevrolet Hall

por Sérgio Rodrigo Reis 07/06/2013 06:00

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Marcos Hermes/Divulgação
(foto: Marcos Hermes/Divulgação)
Há dois discos no vasto repertório de Elis Regina que são emblemáticos na opinião da cantora e filha da artista, Maria Rita. 'Essa mulher' (1979) e 'Elis e Tom' (1974). O que mais a impressiona no primeiro, além do nome, é o repertório. “É de uma fase segura e madura de minha mãe.” Já o outro, para ela, é uma pérola. “A gravadora na época deu a ela de presente um disco com Tom. Demorou, mas, finalmente gravaram em Los Angeles (EUA). Não há um lugar do mundo em que não vejo o CD”, diz a cantora, que escolheu a fase atual para, depois de 10 anos de carreira autoral, revisitar (em turnê, CD e DVD) o vasto legado daquela que é considerada uma das maiores intérpretes de todos os tempos do país.


Inicialmente planejado apenas para cinco apresentações, o show, que será apresentado hoje, no Chevrolet Hall, acabou tomando proporções inesperadas. Só em São Paulo foi visto por cerca de 120 mil. Quem não pôde conferir a performance de Maria Rita não lhe deu sossego (no bom sentido) nas redes sociais. Decidiu então ampliar a turnê e lançar um CD e um DVD com registro das performances. Lançados em dezembro, já receberam disco de platina pelas mais de 150 mil cópias vendidas.

Acompanhada de banda formada por Tiago Costa (piano e teclado), Sylvinho Mazzucca (baixo acústico e elétrico), Davi Moraes (guitarra) e Cuca Teixeira (bateria), Maria Rita interpreta no show clássicos imortalizados pela mãe. 'Arrastão', 'Vida de bailarina', 'Águas de março', 'O bêbado e o equilibrista', 'Como nossos pais', 'Alô, alô marciano', 'Maria, Maria' e 'Fascinação' são alguns deles. O show de BH é dos últimos do projeto. “Estou precisando parar”, avisa ela, sinalizando novos projetos. “Não sei se vou gravar este ano, mas já estou ouvindo coisas”, avisa. Até chegar ao estúdio, ela diz estar se divertindo com a fase atual. “Adoro turnê, coxia, público, equipe técnica... Acho este circo, maravilhoso.”

Maria Rita
Show Redescobrir, sexta-feira, às 22h. Chevrolet Hall, Av. Nossa Senhora do Carmo, 230, São Pedro. Ingressos: de R$ 35 a R$ 520. Duração: 1h40. Classificação: 16 anos. Informações: www.t4f.com.br ou (31) 4003-5588.

“Mulher à frente de seu tempo”

>>   Homenagem – “Este projeto trouxe muita coisa: principalmente minha mãe de volta. Quando tomei a decisão de não mais fugir de minha vocação e decidi ser cantora, resolvi me afastar totalmente de minha mãe. Era a garantia de que eu pudesse ser eu mesma. Mas chegou um momento em que precisei me reaproximar. Foi uma decisão consciente e complexa.”

>>   Redescoberta – “Tive que ter coragem para realizar essa homenagem. Não só pessoal, como emocional e profissional. A técnica que minha mãe tinha e a capacidade de cantar aquele repertório são incríveis. Por outro lado, tenho a minha carreira que não é de ninguém. São 10 anos de trajetória. Com o tributo, redescobri uma Elis corajosa, humana, forte e à frente de seu tempo. Também percebi a atemporalidade das canções.”

>>   Novo disco – “Estou começando a ouvir coisas em busca de sonoridades para um novo disco. É a parte mais demorada. Sou intérprete, não componho. Por isso, tenho que achar esse repertório, amadurecê-lo em mim, para depois ser honesta com meu público.”

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