Musica

Voz de clássicos do cancioneiro norte-americano, Dionne Warwick pede falência a tribunal de Nova Jersey

Dívida de US$ 10,7 milhões é atribuída à gestão negligente de sua carreira

Estrela do showbusiness americano, Dionne Warwick iniciou sua carreira na década de 1960 e canta frequentemente no Brasil
A consagrada cantora Dionne Warwick, de 72 anos, apresentou pedido de falência a um tribunal de Nova Jersey, nos Estados Unidos, citando dívidas fiscais atribuídas à má gestão financeira de sua carreira. O pedido foi feito junto à Corte de Falências do estado, onde ela mora.


Warwick declarou ter patrimônio total de US$ 25,5 mil e passivo superior a US$ 10,7 milhões – relativo a dívidas tributárias com o estado da Califórnia e com o Serviço Interno de Arrecadação (a Receita Federal norte-americana).

De acordo com nota divulgada por Kevin Sasaki, agente da cantora, o pedido de falência pessoal se deve “à negligente e flagrante má gestão financeira” da carreira dela no período 1980-1990. Ano passado, o nome de Dionne Warwick entrou na lista dos 500 maiores devedores de impostos da Califórnia.

Sasaki disse que os impostos atrasados já foram pagos, mas multas e juros continuam em aberto. “À luz da magnitude do seu passivo tributário, Warwick tentou repetidamente oferecer planos de renegociação às autoridades tributárias federais e estaduais, mas eles não foram aceitos, resultando numa escalada dos juros e multas”, informou o agente.

Brasil

Dionne Warwick se apresenta frequentemente no Brasil, desde a década de 1960. Apaixonada pelo país, chegou a manter casas no Rio de Janeiro e na Bahia. A diva norte-americana costumava aconselhar à plateia, durante shows: “Nas próximas férias, façam um favor a vocês mesmos: viajem ao Brasil”.

Em 1995, ela gravou o CD 'Aquarela do Brasil'. Em 2008, lançou o disco 'Dionne Warwick & amigos', com a participação dos brasileiros Gilberto Gil, Jorge Benjor, Ivan Lins, Simone, Emílio Santiago e Milton Nascimento.

Às turnês brasileiras – inclusive a BH – ela trouxe a família. No palco, a acompanhavam o filho, o cantor e compositor David Elliott, e a neta, a adolescente Cheyenne Elliott. Várias vezes, Dionne se apresentou com o cantor Emílio Santiago, que morreu na semana passada. Também gostava de cantar ao lado de Ivan Lins.

A musa de Bacharach

Jazz, blues e gospel são a base do canto de Dionne Warwick, que revigorou a música pop no início dos anos 1960, quando se tornou “a voz” do cancioneiro do norte-americano Burt Bacharach. Em 1968, a artista ganhou o primeiro de seus cinco prêmios Grammy com 'Do you know the way to San Jose?', um dos clássicos de Bacharach. A parceria rendeu uma série de hits, entre eles 'Walk on by', 'I say a little prayer' e 'I’ll never fall in love again'. Além de cantora, Dionne trabalhou como atriz, apresentadora de TV e abraçou causas humanitárias. Em Brasília, por exemplo, fez questão de apoiar campanha em prol do Banco de Leite do Hospital Regional da Asa Sul.

DIONNE EM NÚMEROS
5
Prêmios Grammy

66 milhões
De discos vendidos

1995
Lançamento do CD Aquarela do Brasil