Também a exemplo do que ocorre nas duas grifes veteranas, a FS Store é assinada a quatro mãos pela própria Fátima, na direção criativa, e por Daniel Corrêa, responsável pelo estilo e pelo desenho das estampas, incluindo as florais, marca registrada do grupo e queridinha entre as consumidoras de longa data. Aliás, é justamente o apelo por peças prontas que motivou a dupla a encarar o desafio de lançar uma terceira marca apenas um ano após a abertura da Fedra, um sucesso de vendas nas duas últimas edições da feira de negócios mineira. “Mal respiramos, mas a ideia já vinha sendo estudada, pois havia uma demanda reprimida por peças de pronta-entrega por parte de praticamente todos os nossos clientes, sem exceção”, justifica a empresária de moda, que iniciou a carreira há 25 anos ao lado da irmã Roseana Scofield, na grife Maracujá.
Além da necessidade de peças de giro, com reposição imediata, ela explica que as vendas das grifes veteranas também são um tanto pontuais, já que em muitas cidades há lojas que trabalham com a exclusividade de marcas e modelos. Por fim, em tempos de crise financeira e política, o preço mais enxuto em produtos de qualidade agrada mesmo às lojistas mais exigentes, acostumadas a vestir a mulher refinada, mas não deixa de ser viável também para as mais jovens. “Na FS não há a exclusividade de modelos ou pontos de venda, então a proposta é atender tanto os clientes já fidelizados, que acompanham a nossa trajetória, quanto conquistar uma outra fatia de público que ainda não conhecia nosso trabalho ou o acompanhava de longe devido a fatores como o perfil do produto não encaixar na proposta do lojista”, explica. O foco também é na mulher mais jovem, filha das clientes veteranas.
“Todos querem um produto de giro, uma roupa que vista desde a mocinha de 15 anos até a mulher de 30. E tenho percebido uma moçada que não está interessada se a roupa é entretelada, se a bainha é de lenço, mas quer é vestir roupa nova, arrumada, renovar o visual toda semana”.
Alfaitaria e festa
Não imagine, porém, que o preço mais enxuto tenha a ver com menos rigor no processo de produção. “A fábrica é a mesma, assim como o nosso olhar para a moda. A diferença é que na FS privilegiamos tecidos de melhor custo, como crepe, cetim, crepom, malha, viscose e outros, tanto em modelos de alfaiataria quanto em peças fluidas
Em síntese, a marca é vista pelo grupo como a filha mais jovem da Fátima Scofield, um produto que mantêm o shape e a essência da grife-mãe. “Usamos a mesma fórmula de sucesso da matriarca, porém com preços mais acessíveis”, brinca Daniel Corrêa. “No entanto, vale frisar que isso não afeta a qualidade de nossas peças. Qualidade está no nosso DNA, não importa o preço”, completa.
Nas araras, blusas, peças de alfaiataria, vestidos, casacos, praticamente tudo, até longos de festa. “A personalidade fresh da FS Store é vista nos vestidos de princesa e em peças descomplicadas”, reforça Daniel. As estampas também são exclusivas, desenhadas pelo designer de superfície Gabriel Lima, com supervisão da dupla de estilo. “Mesmo no inverno, há muito floral, um desejo constante de nosso cliente”, avisa ela. Grosso modo, enquanto modelos das irmãs mais velhas custam em média R$ 700 (sempre no atacado), a FS oferece opções que variam de R$ 80 (blusas simples) a R$ 400 (vestido de coquetel), também uma média do preço de atacado.
A coleção de estreia conta com 100 modelos, entre lisos e estampados, em 12 propostas diferentes (com variações de cor), alguns já postados na conta do Instagram (@_fsstore). O showroom de vendas, no Bairro Prado, também é novidade