Não poderia ser diferente. Quando a novela ainda estava no ar, o fato da garota ser criada por dois homens virou notícia. Ao TV Fama, ela contou se orgulhar deles. 'Tenho dois pais, é meio confuso de falar. Na verdade, eu perdi minha mãe quando tinha de 4 para 5 anos e eu fui adotada pelo meu tio, de sangue, irmão de minha mãe. E aí ele me trouxe para São Paulo. Se casou com o meu padastro. Estamos há 10 anos juntos. Cresci nessa família que eu achava que era a família tradicional brasileira. Nunca tive nada contra. Pra mim, era normal. Eu nunca sofri muito preconceito por isso', disse. 'O medo deles seria de eu passar por coisas ruins, como as que eles devem ter passado. Eles me apoiam, perguntam se eu estou namorando e respeitam as minhas escolhas', completou.

Karolina reconhece os esforços dos pais em sua criação. 'Eles são a coisa mais maravilhosa que aconteceu comigo. Se não fossem eles, não sei o que teria acontecido porque quando minha mãe morreu, não tinham quem ficasse comigo, minhas irmãs tinham a vida delas, minha avó já era de idade. Se eu tivesse ido para um orfanato, minha vida teria sido diferente. Tudo que eu tenho, sou e já fiz, devo a eles”, disse ela, emocionada.

'Já vi muitos comentários no Instagram dizendo que eu ia ser lésbica porque os pais são gays, mas se dependesse dos meus pais, eu ia ser a hétero mais hétero do mundo, eu ia gostar de homem, porque a vida inteira eu vi eles falando de homens bonitos e isso e aquilo. E outra: os meus pais queriam que eu fosse a princesinha. Então, não tinha sentindo nenhum eu ser 'sapatão', concluiu a jovem. 

Atualmente, com o nome artístico Karol Lannes, ela se mudou da casa dos pais em São Paulo para cursar Artes Cênicas na Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS). Com visual diferente, trabalha como DJ em uma boate gay da cidade, e aproveita a fama e a visibilidade para atuar em defesa da comunidade LGBTQ+.