Whindersson Nunes diz que não gostava de gays: 'As coisas mudam'

Fala vem na esteira da polêmica com o youtuber Julio Cocielo, que perdeu contratos publicitários após fazer um comentário racista no Twitter

por Estado de Minas 05/07/2018 08:35
Instagram/Reprodução
Atualmente, Whindersson é dono do segundo canal com o maior número de inscritos do Brasil. (foto: Instagram/Reprodução)
Em meio à polêmica que envolve o youtuber Júlio Cocielo, que perdeu contratos publicitários após fazer um comentário racista nas redes sociais, Whindersson Nunes admitiu que não gostava de homossexuais no passado, mas jurou que as coisas mudaram. 

''No passado, já disse várias bostas. Eu nem gostava de gay e dizia que quem era gay não entrava no céu. E no meu casamento esse ano uma das madrinhas se chama Rafael, pra ver como as coisas mudam. Então, quem quiser procurar tweets antigos fique à vontade'', escreveu ele. 

Em seguida, o youtuber desafiou os seguidores. ''E para quem quiser procurar tweets antigos meus é fácil: vai na busca ali em cima e: palavra from: whindersson. Fiquem à vontade e se deleitem no monte de lixo que eu falava'', afirmou. 

Atualmente, Whindersson Nunes possui mais de 30 milhões de inscritos em seu canal no YouTube, sendo o segundo maior do Brasil, atrás somente do produtor de funk KondZilla, cujos números ultrapassam 35 milhões
 
 
 

Apesar de não ter citado o nome, os dois posts se relacionam com o youtuber Júlio Cocielo. Em seu Twitter, o influencer fez o seguinte comentário sobre o jogador Kylian Mbappé, da seleção de futebol francesa: ''Mbappé conseguiria fazer um arrastão top na praia hein''

A situação piorou ainda mais depois que internautas recuperaram tweets antigos dele, como ''O Brasil seria mais lindo se não houvesse frescura com piadas racistas. Mas já que é proibido, a única solução é exterminar os negros'' ou ''Eu queria ter gravado o vídeo sobre o Dia da Consciência Negra, só que aí eu deixei quieto porque na cela não tem wi-fi''

Entre as marcas que deixaram de ter vínculo com o youtuber estão as gigantes Coca-Cola e Adidas. O Itaú-Unibanco, por exemplo, exibiu até o dia 30 de junho um vídeo para a Copa do Mundo no qual Cocielo era a estrela. Depois da repercussão do caso, o banco informou que ''o youtuber não faz mais parte de qualquer peça de comunicação'' da campanha. 

O Submarino também diz que retirou uma campanha do ar após as notícias sobre o caso. Já a Coca-Cola, que fez ações com Cocielo em 2016, diz que não tem planos de manter futuras parcerias com o youtuber. ''Manifestações preconceituosas não são toleradas'', disse a ampresa. 

A Adidas informou que suspendeu a parceria com o influenciador. ''A Adidas é uma marca que repudia todo e qualquer tipo de discriminação. Portanto, decidimos suspender a parceria com ele'', informou. 

Cocielo, então, se defendeu dizendo que o tuíte foi ''interpretado por mil formas diferentes'' e se desculpou por ''outras postagens antigas''. Além disso, ele apagou cerca de 50 mil tuítes de sua conta no Twitter. 

MAIS SOBRE MEXERICO