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Samuel L. Jackson sofreu racismo e violência policial durante gravações de 'Pulp fiction'

Astro revelou situação em artigo para a revista Vanity Fair

Diário de Pernambuco
Samuel L. Jackson como Jules Winnfield em cena de 'Pulp fiction' - Foto: Miramax/Divulgação
O ator norte-americano Samuel L. Jackson despontou para o estrelato no início dos anos 1990, quando interpretou o bandidão Jules Winnfield em Pulp fiction (1994), de Quentin Tarantino. O papel rendeu ao ator uma indicação ao Oscar em 1995 e é até hoje referenciado na cultura pop. Mas nem tudo são flores. Em artigo publicado na revista Vanity Fair, Jackson afirmou ter sofrido racismo e violência de um grupo de policiais em um incidente durante as gravações do longa.

Segundo o artigo, Jackson estava com um grupo de amigos na saída de um restaurante quando foi abordado por policiais. "Ali estávamos, deitados no meio da Santa Monica Boulevard. Finalmente perguntei aos policiais: ‘Por que vocês estão fazendo isso?’. Um deles disse: ‘Recebemos uma denúncia de cinco homens negros parados nessa esquina portando armas e bastões’.”

Jackson viria a trabalhar com Tarantino novamente em produções como Django livre (2012) e Os oito odiados (2015).
Apesar de performance elogiada, o ator foi esnobado na lista de indicados ao Oscar deste ano. O que, entre outros fatores, gerou revolta e boicote por parte dos atores negros de Hollywood. Para se ter uma ideia, este é o segundo ano consecutivo em que apenas atores brancos concorrem nas categorias principais.

Contra a violência policial

Em outubro de 2015, Tarantino se uniu a ativistas na Times Square, em Nova York, marcha contra a violência policial que afeta, principalmente, as comunidades afro-americanas e latinas. Tarantino subiu ao palco com escritores, intelectuais e atores para ler os nomes de 250 homens, mulheres e crianças abatidos pela Polícia americana nos últimos 20 anos.
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