Mexerico

Alceu Valença rebate preconceito de Diogo Mainardi nas redes sociais

Músico usou sua conta no Facebook para manifestar opinião a respeito das declarações polêmicas do jornalista contra nordestinos

Larissa Lins

Alceu criticou o preconceito embutido nas palavras de Mainardi
Foi por meio de sua página no Facebook - que acumula mais de um milhão de curtidores - que o músico pernambucano Alceu Valença rebateu, nessa terça-feira, as declarações polêmicas do jornalista Diogo Mainardi sobre o povo nordestino. "Só hoje assisti ao vídeo onde Diogo Mainardi declarou seu ódio preconceituoso contra nós, nordestinos. Bovinos, subalternos, retrógrados, mal educados fizeram parte do seu menu de ofensas. Em seguida, vi seu pedido de desculpas que, sinceramente, não me convenceu. A história brasileira está repleta de personalidades nordestinas que orgulhariam qualquer região do nosso país e de qualquer outra nação", escreveu o cantor. Em seguida, iniciou uma lista de personalidades nascidas na região, entre intelectuais, músicos, escritores e revolucionários.


Em pouco mais de 40 minutos, a postagem já somava mais de 3.500 curtidas e 600 compartilhamentos. Entre os comentários, fãs de todo o país declaravam apoio ao músico e repudiavam o discurso de Mainardi.

Entenda o caso: após oficializada a reeleição da presidente Dilma Rousseff, o jornalista Diogo Mainardi comentou o resultado do pleito criticando os eleitores da Região Nordeste, onde Dilma avançou sobre o oponente, Aécio Neves. Classificou a população do local como "bovina", "retrógrada", "subalterna" e "pouco educada. "Essa eleição é a prova de que o Brasil ficou no passado”, disse o colunista na noite do dia 26 de outubro.

Após a repercussão negativa de seu discurso, Mainardi gravou um vídeo no qual se retrata publicamente e pede desculpas ao jogador de futebol Hulk, paraibano, e a todos que se sentiram ofendidos. “Sei que o termo bovino ofendeu muita gente, peço mais uma vez desculpas, mas gostaria de esclarecer que há décadas e décadas nós usamos os termos curral eleitoral e voto de cabresto para designar compra de votos”, disse o jornalista.