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Evandro Mesquita celebra 60 anos em alta

Ao completar inacreditáveis seis décadas de vida, cantor comemora 30 anos de Blitz e cinco no elenco fixo de A grande família

Quem não envelhece morre cedo. É a única maneira de viver muito tempo%u201D - Foto: Arquivo Pessoal/Agência O GloboO forte sotaque carioca, a maneira simples e irreverente de brincar com o amor sem abrir mão do rock e a vocação para o humor são algumas das marcas de Evandro Mesquita (foto). Domingo, ele — ou melhor, todos eles: o cantor, o compositor, o ator e o pai — fizeram 60 anos. E, como dizem, está na crista da onda. Quem não o conhece de longa data, poderia argumentar que se trata do Benjamin Button brasileiro — o curioso personagem que nasce velho e rejuvenesce ao passar do tempo —, mas, na verdade, é só alguém que sempre teve como principal lema aproveitar bem a vida.

“Quem não envelhece morre cedo. É a única maneira de viver muito tempo. Não penso muito sobre a idade. Vou levando o barco conforme a maré”, conta Evandro, que comemorou o seu aniversário com amigos e a família. A imagem jovem ele atribui à disposição de viver apaixonadamente. Ainda assim, como lidar com o envelhecimento? “Um dia após o outro. Com menos impacto nas juntas, menos bola nos pés e ‘vamu’ que ‘vamu’”, afirma o Paulão de A grande família. 

SAUDADE 
Apesar de ter vivido grandes emoções ao longo dessas seis décadas, o saudosismo não é a palavra de ordem do seu vocabulário. “Não fico muito preso ao passado nem com saudade de nada, quero muito a próxima viagem, o próximo show, o próximo CD”, garante Evandro, o que não impede, claro, de cultivar ótimas recordações: “Recentemente a Blitz foi ao Japão e foi maravilhoso ver que músicas compostas há tanto tempo ainda são atuais e não perdem a validade.”

Ter a oportunidade de conversar com Evandro e não falar sobre a Blitz é um erro grave. Vocalista e mentor da banda que surgiu há mais de 30 anos — em janeiro de 1982 — no palco praiano do Circo Voador (que na época era no Arpoador), ele não esconde o orgulho de ser o embrião do Você não soube me amar, A dois passos do paraíso e Mais uma de amor, entre outras. “A Blitz está tatuada na minha alma. Foi uma conquista importantíssima, quando todas as portas eram fechadas pra esse tipo de música. Abrimos o caminho para todas as outras bandas que vieram depois. E profissionalmente é o que me dá mais prazer atualmente”, diz ele, que voltou a fazer shows com o grupo há oito anos.