De jornalista a educadora sexual, Laura Müller faz o maior sucesso no programa Altas horas, de Serginho Groisman

por Estado de Minas 12/06/2011 07:00
João Miguel Júnior/ TV Globo-4/5/07
Laura Müller diz que só não se sente bem tendo de responder sobre sua própria sexualidade (foto: João Miguel Júnior/ TV Globo-4/5/07)
O tema “sexualidade” surgiu para a jornalista Laura Müller pela primeira vez quando ela escrevia para a revista Claudia. O interesse pelo assunto aumentou a tal ponto que ela fez pós-graduação em educação sexual e uma nova faculdade, dessa vez de psicologia. O resultado, além de três livros lançados, é o sucesso de seu quadro no Altas horas, há cinco anos. A boa repercussão faz até pensar na possibilidade de ter um programa só dela.

Para Laura Müller, trabalhar na televisão dá uma credibilidade maior para o educador sexual. “O sexo ainda é um assunto tabu na nossa cultura. Em casa o papo sobre sexo é difícil, não são todos os casais que conversam sobre sexo, não é toda escola que oferece o tema sexualidade como parte do seu ensino”, avalia, à vontade até mesmo com as surpresas quando responde ao publico do Altas horas.

“Eles (os jovens) são bem criativos, são muito engraçados”, diz Laura Müller. “Tem dias que estão bem soltos. A saia justa é quando as perguntas são direcionadas para minha sexualidade. O papel do educador não é responder o que ele faz ou deixa de fazer, é trabalhar o conteúdo de forma educativa.”

Laura garante que não tem preferência de público. “Gosto de falar com todas as faixas etárias. Criança é muito interessante, como formula as perguntas, é divertido. Adolescente também tem seu jeitão de perguntar, de se envolver com o tema, também é bem divertido e esclarecedor. Na população adulta, começam a surgir dificuldades sexuais, aí ganha um ar de seriedade. Muitas vezes, a grande questão do sexo na terceira idade não é nem física, é o preconceito e as questões emocionais em jogo.”

Na avaliação de Laura Müller, todos têm a ganhar com a abertura da mídia para as questões de sexualidade, seja na TV, no rádio, nos jornais. “Quando o tema é tratado com qualidade, toda a população se beneficia”, afirma.

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