“Eles (os jovens) são bem criativos, são muito engraçados”, diz Laura Müller. “Tem dias que estão bem soltos. A saia justa é quando as perguntas são direcionadas para minha sexualidade. O papel do educador não é responder o que ele faz ou deixa de fazer, é trabalhar o conteúdo de forma educativa.”
Laura garante que não tem preferência de público. “Gosto de falar com todas as faixas etárias. Criança é muito interessante, como formula as perguntas, é divertido. Adolescente também tem seu jeitão de perguntar, de se envolver com o tema, também é bem divertido e esclarecedor. Na população adulta, começam a surgir dificuldades sexuais, aí ganha um ar de seriedade. Muitas vezes, a grande questão do sexo na terceira idade não é nem física, é o preconceito e as questões emocionais em jogo.”
Na avaliação de Laura Müller, todos têm a ganhar com a abertura da mídia para as questões de sexualidade, seja na TV, no rádio, nos jornais. “Quando o tema é tratado com qualidade, toda a população se beneficia”, afirma.