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Restaurantes de BH mudam a rotina para enfrentar o coronavírus

Guilherme Xavier (C), sócio do Kanpai, montou comitê de funcionários para discutir medidas preventivas - Foto: Túlio Santos/EM/D.A PressO avanço do coronavírus mudou a rotina de restaurantes de BH, obrigados a se adaptar às orientações da Vigilância Sanitária e da Organização Mundial de Saúde (OMS). “Nunca tivemos algo nesse patamar, o H1N1 passou longe do coronavírus”, afirma Ricardo Rodrigues, sócio do Maria das Tranças e presidente da seção mineira da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel/MG).




O Maria das Tranças está funcionando com 50% de sua capacidade. Mesas ficam, no mínimo, a um metro das outras, informa Rodrigues. Funcionários foram orientados em relação à higienização de cardápios, máquinas de cartão e utensílios. O atendimento ocorrerá na parte de baixo do casarão, aberta e arejada.

Rodrigues entende que adotar essas medidas dá credibilidade aos estabelecimentos, evitando o fechamento deles por motivos de saúde pública. “Fechar seria uma perda enorme, não apenas para os proprietários, mas para a população. Caso isso ocorra, o público teria um sério problema de alimentação”, diz, lembrando que o setor atende a quem não pode fazer refeições em casa.

“Em nossas duas unidades, espaçamos as mesas, colocamos vários recipientes de álcool em gel, aumentamos a higienização dos banheiros e utensílios. Empregados e fornecedores estão orientados a lavar as mãos com água e sabão com frequência e a usar álcool em gel quando necessário.”



GEL 

Cristóvão Laruça, dono dos restaurantes Caravela e Capitão Leitão, entende que todos devem fazer a sua parte. “Reduzimos em um terço a capacidade das duas casas, procuramos higienizar os banheiros com mais frequência, além de disponibilizar recipientes de álcool em gel pelos salões e toaletes”, conta.

Outra medida, explica o chef, é manter portas e janelas abertas, aumentando a ventilação dos dois restaurantes – um funciona dentro do Museu Abílio Barreto, no Cidade Jardim, e o outro no Bairro Santa Tereza. “Procuramos evitar que clientes toquem em maçanetas, portas ou janelas”, explica. Outra medida é o desconto de 10% para quem preferir encomendar a comida e levá-la pra casa.

Como os dois restaurantes não têm serviço de delivery, o cliente liga e encomenda o prato para depois buscá-lo. “Haverá alguns horários de reserva para evitar que os restaurantes fiquem tumultuados. Como sou português, estou adotando as medidas em vigor em Portugal, além das orientações da Vigilância Sanitária, da OMS e da Abrasel/MG”, informa Laruça.



COMITÊ 

Guilherme Xavier, sócio do restaurante Kanpai, no Cruzeiro, especializado em gastronomia oriental, informa que montou equipe de cinco funcionários de cada setor da casa para elaborar um plano de ação. “Estamos nos reunindo diariamente, trocando informações e procurando agir de maneira adequada. São cinco pessoas nesse comitê.”

O restaurante reduziu a quantidade de mesas e ampliou o espaço entre elas. “Espalhamos recipientes com álcool em gel pela casa, aumentamos a ventilação, fazemos mais frequentemente a higienização dos banheiros, superfícies e utensílios. Também distribuímos cartilhas informativas para a equipe e familiares, além de aumentar a ventilação do espaço”, diz Xavier.



CARAVELA E CAPITÃO LEITÃO
O primeiro funciona dentro do Museu Abílio Barreto. Avenida Prudente de Morais, 202, Cidade Jardim, (31) 2531-3101. O segundo fica na Rua Silvianópolis, 364, Santa Tereza, (31) 3024-8704. Ambos abrem de terça a sexta, das 11h30 às 16h, e sábado e domingo, das 12h às 16h30, para almoço. Para jantar, funcionam de quarta a sábado, das 17h às 23h30.

RESTAURANTE MARIA DAS TRANÇAS
Unidade São Francisco: Rua Estoril, 938, (31) 3441-3708. Abre de segunda a sábado, das 11h às 22h, e domingo, das 11h às 18h. Unidade Funcionários: Rua Professor Morais, 158, (31) 3261-4802. Abre segunda, das 11h às 17h, e de terça a domingo, das 11h à meia-noite.

RESTAURANTE KANPAI
Rua Pium-í, 1.122, Cruzeiro, (31) 3656-4621. Abre diariamente, a partir das 18h.