Se há cervejas artesanais para todos os gostos, a forma de falar sobre elas viu nascer também as mais variadas abordagens no Brasil – de vídeos para principiantes a blogues, artigos especializados com indicação de estilos, novidades sobre lançamentos e negócios e até mergulhos um tanto complexos envolvendo técnicas de produção e insumos. Agora, chegou a vez de a cultura cervejeira ganhar um novo olhar: o da ficção literária.
Jornalista do Estado de Minas, escritor e cervejeiro, o mineiro Eduardo Murta vai assinar a partir desta sexta-feira minicontos quinzenais no caderno Divirta-se com a coluna Espuma Essencial. Nada de fórmulas mirabolantes, análises sensoriais ou prospecção de oportunidades de investimento, algo sempre importante no mundo das artesanais. Murta vai contar histórias. A cerveja, claro, estará sempre no olho do furacão.
O olhar de assombro dos (ou das) iniciantes, as descobertas que mexem até mesmo com aqueles que já têm um tempo razoável de estrada ou o delicado exercício de paciência e esmero que o universo cervejeiro pede estarão ali. Às vezes com uma pitada de drama, às vezes com humor lírico. Muitas vezes com paixão. Acima de tudo, com o sentimento de que nada nasce pronto, acabado e que, isoladamente, os significados de qualquer coisa pouco representam – sejam elas cerveja ou gente.
O que nos move a todos é o tempero da transformação.