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Há 10 anos no comando dos restaurantes e cafés de Inhotim, Dailde Marinho agrada visitantes

Para Bernardo Paz, idealizador do Centro de arte contemporânea, pratos da chef têm gosto de comida caseira

Eduardo Tristão Girão

"A comida que ela faz tem gosto de comida caseira." "Ela" é a chef Dailde Marinho, responsável por tudo o que se come em todos os espaços de Inhotim, do memorável pão de queijo do Café das Flores à canela de cordeiro com pêra ao maracujá, atração do Restaurante Tamboril.

Dailde Marinho mostra o baião de dois, novidade do Café das Flores - Foto: Jair Amaral/E.M/D.A Press 

Já o autor do elogio é ninguém menos que Bernardo Paz, empresário mineiro e idealizador do complexo de pavilhões de arte e jardim botânico que atrai turistas do mundo inteiro até Brumadinho, calmamente sentado numa das mesas do recém-inaugurado café.

Dailde é mineira de Jequitinhonha, no vale de mesmo nome. Saiu de lá ainda adolescente e sempre trabalhou no ramo. Começou a cozinhar para Paz há 22 anos e ganhou fama preparando jantares para personalidades de Belo Horizonte.

 

Formou-se na experiência cotidiana na cozinha, mas nem por isso deixou de buscar aprimoramento em cursos avulsos, como o da chef Dadette Mascarenhas, uma das principais professoras de culinária que a cidade já teve.

“Mas dom a gente nasce com ele”, se apressa em acrescentar. Alho, cebola e louro são os ingredientes principais de suas receitas e ela acredita que o sabor ideal se alcança preparando tudo na hora – na medida do possível num lugar como Inhotim, que recebeu 53 mil visitantes só em julho.

 

Ela responde pelas cozinhas do lugar desde sua inauguração, 10 anos atrás. O tal cordeiro, marinado por quatro dias e guarnecido ainda com farofa de alecrim, é um dos seus maiores motivos de orgulho, mas não o único.
Canela de cordeiro com farofa de alecrim e pêra ao maracujá é destaque do Restaurante Tamboril - Foto: Jair Amaral/E.M/D.A Press
Esse prato costuma figurar nos fins de semana no bufê do Restaurante Tamboril, o principal de Inhotim, além de outros clássicos da chef, como a torta de banana com suspiro e os capeletes de quatro queijos com molho de gruyère e toque de melado de cana.

 

As receitas mais novas ela fez para o Café das Flores, como as do pão de queijo (recheado com queijo; R$ 10, duas unidades, com suco de laranja) e do baião de dois (com arroz, feijão, cebola, carne de sol, tomate, linguiça, bacon e  queijo coalho; R$ 34,80, individual).

CERVEJA

Aberto recentemente, o café fica logo depois da recepção, com mesas azuis sob ombrelones e muitas plantas (e flores, claro) ao redor. Conta com algumas opções de saladas, pratos, petiscos e sanduíches, além de cafés (R$ 2, coado), sucos (R$ 5 cada) e cervejas, a maioria delas da belo-horizontina Wäls, que recentemente lançou três rótulos em comemoração aos 10 anos de Inhotim.

 

São elas: uma farmhouse ale com extrato de baunilha, uma witbier com mexerica e uma red IPA com toque defumado (R$ 35, cada garrafa de 375ml).

Tanto o Restaurante Tamboril como o Oiticica funcionam com sistema de bufê.

No primeiro, pagam-se R$ 70 para comer à vontade, incluindo sobremesas. Já no segundo, o freguês tem pratos do dia a R$ 22.

 

Além dos dois espaços, o instituto conta com o Café do Teatro (ao lado do Teatro Inhotim) e lanchonetes abertas em dias alternados e em diferentes pontos – a pizzaria está fechada. Em tempo: internamente, a diretoria discute a liberação de piquenique no local.

Instituto Inhotim
Rua B, 20, Centro, Brumadinho. Aberto de terça a sexta, das 9h30 às 16h30; sábado, domingo e feriado, das 9h30 às 17h30. Ingresso:terça e quinta-feira, R$ 25 e R$ 12,50 (meia); sexta, sábado, domingo e feriado, R$ 40 e R4 20 (meia); entrada franca às quartas. Informações: (31) 3194-7300, (31) 3571-9700 e www.inhotim.org.br.

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