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Mineiríssimo

Café Cine Brasil valoriza ingredientes típicos de Minas em seu cardápio

Reformulação recente no cardápio da casa deu mais destaque aos sabores regionais

Chef Gabriel Trillo aposta no sabor do queijo canastra, da carne de sol e da canjiquinha - Foto: Fotos: Euler Júnior/EM/D.A PressGabriel Trillo, chef do Café Cine Brasil, no Centro, acredita que o cardápio que reformulou recentemente para a casa é o melhor desde a inauguração. Não se trata apenas de autopromoção: de fato, ao reunir o que fez de mais significativo ali desde outubro de 2013, quando o Cine Theatro Brasil foi reaberto, Trillo conseguiu interessante conjunto de receitas que têm os ingredientes típicos mineiros em primeiro plano. O chef, de 28 anos, não está inventando a roda, mas propõe essa comida em plena Praça Sete.
“O primeiro cardápio oferecia mais risotos e massas, destacava os filés. Fomos sugerindo pratos mineiros aos poucos e percebendo a avaliação dos clientes”, explica Trillo. Formado no Senac de BH, ele passou pelas cozinhas do Hotel Ouro Minas e do Verano, além de ter atuado como instrutor da instituição onde estudou. Nessa última fase, conheceu Edson Puiati, então coordenador do curso, que não apenas indicou o jovem para o cargo no Café Cine Brasil, mas deu consultoria para a montagem da casa.

Com o tempo, Trillo desenvolveu parceria com fornecedores. Um deles envia embutidos e defumados de Cajuri, na Zona da Mata, usados em diversas receitas da casa. Mesmo assim, não deixou de lado produções próprias, como a do carpaccio de carne de sol, servido com azedinha e requeijão escuro (R$ 12, individual), e da carne de lata, incorporada ao falso risoto de canjiquinha (usada no lugar do arroz) com queijo canastra, guarnição da costelinha (R$ 39, individual).

A pegada mineira se verifica também em preparos como o purê de batata incrementado com queijo canastra (para o filé ao molho de jabuticaba; R$ 39, individual) e a farofa de pequi (para a carne de sol de Montes Claros com mandioca cozida na manteiga de garrafa; R$ 39, individual). Sem falar de ideias simples, como usar manteiga de garrafa para saltear o linguine do bife ancho (R$ 69, individual) e milho verde fresco para o angu do frango com quiabo (R$ 36, prato individual).

DOCE Entre as sobremesas destacam-se o brownie (com castanha de baru e acompanhado por sorvete de creme; R$ 10) e o escondidinho de doce de leite (R$ 7), com camadas do quitute em pasta (trazido da cidade vizinha de Moeda) e de creme de queijo, gratinado com queijo de minas.

Petiscos, sanduíches, alguns pratos leves e massas completam o cardápio – um quadro-negro anuncia o prato do dia, como feijoada (às sextas) e paella mineira (com cortes de porco e frango, legumes, ora-pro-nóbis e couve, às quintas), ambos a R$ 33 (individual).

Para beber, há cervejas (a partir de R$ 5, long neck), poucos vinhos (começando de R$ 69, garrafa) e doses (a partir de R$ 5 cada). Os cafés (coado, expresso e em drinques) constituem a seção mais volumosa do cardápio e acompanham doces feitos no local (entre eles o pudim, R$ 7) e salgados terceirizados (há uma segunda opção de pão de queijo, com receita de Trillo, que leva provolone, R$ 3,50).

CAFÉ CINE BRASIL
Rua dos Carijós, 258, Centro. (31) 3243-4706. Aberto de segunda a quarta-feira, das 8h às 20h; quinta e sexta-feira, das 8h às 21h; sábado, das 9h às 21h.