Nos últimos anos, uma opção para quem quer provar quitutes típicos foi se firmando no Centro de Diamantina. No Beco da Tecla, aos domingos, das 9h às 12h, o Café do Beco tem apresentação de música ao vivo e gente vendendo doces e salgados. É lá que Maria Alves de Almeida Bezerra, de 74, costuma ofertar um cuscuz feito do jeito que aprendeu no Piauí, onde nasceu.
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Nas feiras do Mercado Velho e pelas ruas de Diamantina, Maria ainda vende uma empada de massa fina e sequinha, pastéis fritos e assados, pamonha, corá (mingau de milho), canjica, coxinha e um pirulito ora feito de mel, ora de açúcar caramelado, e que ganha sabor de coco, abacaxi, pêssego ou gengibre. Foi esse produto, talvez o mais simples da cozinheira, que a fez receber o apelido de Maria do Pirulito.
Versátil, ela também vende panos em frivolité, renda de origem francesa. Se você não estiver com pressa, ainda pode pedir para Maria – que estudou apenas até o quarto ano do antigo primário e fugiu da família com a equipe de um circo ambulante –, contar a própria história, extraordinária. Ela recebe com carinho quem a visita em sua casa, no número 200 da Rua do Rosário, no Centro. Encomendas podem ser feitas pelo número (38) 3531-2517.
Ainda na sede de Diamantina, o turista pode almoçar costelinha com quiabo da lapa, no restaurante Grupiara, no Centro, ou encomendar o bolo de arroz de Zenília Rosália da Silva Rocha, de 74, conhecida por distribuir a iguaria nas festas do Divino, em maio, e da Nossa Senhora do Rosário, em outubro. Também vale a pena passar por algum dos distritos e povoados do município. Alguns já são famosos, como Biribiri, Conselheiro Mata, Curralinho e Mendanha.
Vau
Nos últimos anos, a comunidade do Vau, a 35 quilômetros do Centro da cidade, também vem se esforçando para atrair turistas, com ações da Secretaria de Estado de Turismo e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas (Emater-MG). Com cerca de 50 moradores, o lugar tem a Vila Real, conjunto de prédios com venda de artesanato, quitutes e pratos típicos, como frango caipira com pequi ou com angu de fubá de moinho d’água, costelinha suína com mamão, rosquinha de nata e marmelada feita com os frutos dos vários marmeleiros plantados nos quintais.