Leia Mais
Em Belo Horizonte, o tradicional ovo de Páscoa ganha características gourmet Jovem chef abre a primeira escola de alta confeitaria do BrasilRestaurante e bar Paracone une culinária criativa a ambiente aconchegante no Santa Efigênia
Ambos costumavam cozinhar em ocasiões especiais para as famílias e amigos, e decidiram deixar o que faziam no Brasil para estudar na Le Cordon Bleu, um curso mais rápido, porque não queriam fazer uma nova faculdade e passar vários anos estudando. Acabaram se apaixonando por Paris, pela tranquilidade, calma e segurança que a cidade oferece. E claro que, estando na França, puderam ter contato com produtos nobres, aprender com os grandes chefs e ter a oportunidade de conhecer restaurantes estrelados.
Mudaram-se para Paris em 2005. “Emendamos as aulas na Le Cordon Bleu com outros cursos e estágios, e acabamos comprando um apartamento de 150 metros quadrados. Gastamos tanto para fazer a nossa cozinha que resolvemos ganhar dinheiro com ela. Daí surgiu a ideia de oferecer jantares fechados. Abrimos em novembro de 2008”, conta Celinha. Hoje, atendem um público, em sua maioria, formado por brasileiros que viajam a Paris e indicam o restaurante a outros viajantes. “Esse boca a boca funciona muito com os brasileiros, que gostam de contar o que comeram e como foram atendidos.
Eles vêm atraídos pela possibilidade de conversar em português na França e conviver num ambiente mais informal do que o dos restaurantes famosos”, diz Gustavo. Entre os convidados famosos, o diplomata Hermano Telles Ribeiro e Isabel Villa-Lobos, a estilista Alessa Migani, o ex-ministro Rubens Ricupero, Guilherme Leal, um dos fundadores e sócios da Natura, e família, entre outros assíduos do endereço.
Os jantares costumam se desenrolar em um ambiente de grande harmonia. Normalmente, as pessoas se conhecem. O ambiente foi todo pensado para que os convidados – como eles chamam os clientes – se sintam em casa. Eles têm liberdade para conversar – e na altura que se sentirem à vontade – e vão embora na hora que querem, sem limite de horário. Sem contar o calor humano tipicamente brasileiro, os estranhos acabam virando amigos e trocando telefones. Os restaurantes normalmente impõem uma certa etiqueta e têm hora para fechar. Ponto para eles.
Os chefs também lançam champanhes nessas ocasiões. A ideia surgiu há um ano, após observarmos outros restaurantes de luxo de Paris. “Os champanhes realizam o nosso desejo de proporcionar exclusividade e qualidade aos nossos clientes”, diz Celinha, que nunca viveu uma situação delicada em sua casa-restaurante. “No fim de um jantar, ganhamos vários amigos. A gastronomia aproxima as pessoas e a nossa mesa acaba virando um lugar de confraternização”, orgulha-se.
Os jantares ocorrem duas vezes por semana, quando recebem de duas a 10 pessoas por noite. As reservas devem ser feitas com uma semana de antecedência. Os interessados pagam entre 120 e 150 euros, podendo levar a própria bebida, além de ter a chance de participar do preparo do cardápio.
Clafoutis de amora
8 pessoas
::Ingredientes
8 ovos inteiros; 200g de açúcar; 200ml de creme de leite fresco; 3 colheres de farinha de trigo; 1 colher de chá de essência de baunilha; 1 colher de sopa de cachaça; amoras silvestres em quantidade suficiente para forrar o fundo da forma que você for usar.
::Modo de fazer
Junte os ovos e o açúcar e mexa bem e rapidamente com a ajuda de um fouet. Quando o açúcar estiver completamente incorporado, acrescente o creme de leite e mexa novamente. Coloque então a farinha de trigo e misture bem. Por fim, acrescente a baunilha e a cachaça. Use uma travessa que possa ir ao forno. Coloque todas as amoras no fundo da travessa, espalhe a mistura por cima e leve ao forno baixo, a 200°C aproximadamente, por cerca de uma hora. Para saber se já está bom, espete um garfo bem no centro da sobremesa. Se ele sair limpo, já
está pronta.