Homenageada no congresso de gastronomia espanhol Madrid Fusión, que começa na próxima segunda-feira, 21, em Madri, Minas Gerais quer fortalecer ainda mais a cena de restaurantes, produtores rurais e chefs de cozinha do estado. De olho no que poderá trazer em termos de benefícios para o turismo e negócios a participação mineira no evento, um dos mais importantes do mundo, a delegação de cerca de 80 pessoas embarca esta semana para a capital da Espanha.
Leia Mais
Antropólogo Raul Lody faz resgate histórico da importância do coco para a culinária e cultura do BrasilCachaça Gourmet irá mostrar receitas à base da bebidaRefeições baseadas em peixes, frutas, brotos e frutos do mar alimentam sem pesar o estômagoJá estão arrumando as malas os chefs Edson Puiati (Senac Minas), Eduardo Avelar (Conspiração Gastronômica), Eduardo Maya (Comida di Buteco), Dona Lucinha (restaurante Dona Lucinha), Felipe Rameh e Frederico Trindade (Trindade), Guilherme Melo (Hermengarda), Ivo Faria (Vecchio Sogno), Leonardo Paixão (Taste-Vin), Nelsa Trombino (Xapuri), Pablo Oazen (Assunta) e Rafael Cardoso (Atlântico).
Quase todos atuam em restaurantes de Belo Horizonte, responsáveis por algumas das aulas da programação do evento, que reunirá este ano 41 chefs de 13 países, além dos brasileiros. Eles também estão a cargo do coquetel de abertura do congresso, que este ano tem o mote “A criatividade continua” e, como ingrediente convidado, o café. Nomes de relevância mundial, como o espanhol Andoni Luis Aduriz, o paulistano Alex Atala e o francês Pierre Hermé estarão presentes.
Retorno
“O imenso retorno para a gastronomia, como aconteceu com o México e o Peru, é o que esperamos para Minas Gerais”, afirmou o secretário de Turismo, Agostinho Patrus Filho, durante coletiva de imprensa em Belo Horizonte na última segunda-feira, 14. “Esperamos que o estado venha a ocupar espaço de destaque. Nossos produtos poderão ter maior valor agregado, trazendo riqueza, desenvolvimento e gerando empregos.”
A participação mineira no Madrid Fusión, completa Patrus, tem em foco turismo e negócios e o objetivo de conferir maior visibilidade à gastronomia mineira. Para potencializar tudo isso, a delegação mineira já providenciou o envio de diversos ingredientes típicos para Madri, incluindo queijo, cachaça, café, linguiça e águas minerais. “Vamos contar uma história da nossa gastronomia, contextualizando Minas no Brasil e mostrando o máximo possível de produtos”, adianta o secretário.
Ivo Faria, do restaurante Vecchio Sogno, considera a participação dos chefs mineiros um marco na história da gastronomia do estado: “Em cinco anos, acho que teremos uma cozinha diferenciada. A gastronomia pode mudar a concepção de um estado, a vida de uma pessoa. Se a região francesa do Périgord tem todo esse nome hoje por causa do foie gras, por exemplo, é porque alguém começou a criar pato por lá. Também vi Tiradentes mudar muito por causa do seu festival de gastronomia”.