Participantes do Comida Di Buteco encontram dificuldades para encontrar garçons

O movimento nos bares aumenta mais de 50% durante o festival

por Thais Pimentel 03/05/2012 16:12

Túlio Santos / EM / D.A Press
(foto: Túlio Santos / EM / D.A Press)

 

Além da comida, da cerveja e da higiene, os 41 bares que disputam o festival Comida Di Buteco são avaliados pelo atendimento. Nessa época, o movimento cresce quase 50% em relação ao resto do ano e é preciso contratar funcionários temporários para dar conta dos pedidos. Mas está difícil arranjar mão-de-obra.

Muitos proprietários arriscam em aceitar pessoas que nunca trabalharam de garçom na vida. É o caso do Doca, dono do bar de mesmo nome, que ficou fora da competição por dois anos devido a fraca avaliação do atendimento. “Demiti garçons que estavam há anos comigo. Preferi contratar gente nova. Tem três pessoas aqui que nunca serviram mesa antes. Mas basta ter uma cara boa e ser simpático”, conta.

Guilherme Oliveira, de 20 anos, é um dos funcionários que nunca trabalhou de garçom. “Fico meio nervoso com a quantidade de gente pra atender, mas não tenho interesse em ser contratado. Quero juntar um dinheirinho e voltar a estudar”, revela o rapaz que pode ganhar mais de R$ 750 por semana durante o festival.

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A falta de interesse em seguir a carreira de garçom é o principal motivo da escassez de mão-de-obra na capital. Para a maioria, o trabalho é apenas uma oportunidade de faturar um dinheiro extra. Guto Porto, dono do Pimenta com Cachaça, confirma o problema. “Não tem gente qualificada no mercado. Normalmente temos cerca de 20 funcionários. Já no período do Comida Di Buteco o quadro pula para 50. Temos que apelar pra contratação de gente sem experiência”, desabafa. É o caso da garçonete Camila Stefany Dias que aceitou o trabalho temporário para aumentar a renda familiar. “O serviço é agitado, mas não tenho problema com o movimento. É só pra tirar um dinheirinho. Não pretendo ficar aqui mesmo”, conta.

No bar Casa Velha, a proprietária Márcia Soares Moreira só empregava um garçom e uma pessoa na cozinha. Estreante no Comida Di Buteco, ela decidiu se precaver. “Agora são onze pessoas trabalhando por aqui. Não quero arriscar, né? Atendimento também conta pontos”, revela. Pelo menos oito funcionários são estreantes. Agora, cabe ao cliente avaliar se os proprietários acertaram em contratar pessoas inexperientes para trabalhar durante o festival.

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