Da rua ao palácio

Restaurante tailandês Bangkok tem cardápio com pratos tradicionais, dos sofisticados aos simples

por Eduardo Tristão Girão 25/03/2011 07:00
Fotos: Pedro David /Esp. EM/D. A Press
Bolinhas de camarão, petisco servido com molho picante (foto: Fotos: Pedro David /Esp. EM/D. A Press)

Figura chave na difusão da cozinha oriental em Belo Horizonte, o chef Beto Haddad inaugurou esta semana o restaurante tailandês Bangkok, seu principal projeto desde a abertura do pan-asiático Sushi Thai, em 2001, casa da qual foi um dos proprietários. Com foco tanto na cozinha dos palácios daquele país como na forte tradição local da comida feita na rua, o cardápio reflete a grande experiência que ele acumulou não apenas com os vários negócios que teve na cidade (Bagdá Café, Kyoto, Byblos, Hokkaido), mas também na The Blue Elephant, uma das principais escolas de culinária da Tailândia, em 2006.

“Quando abri o Sushi Thai, levei a cozinha mais para o lado pan-asiático, porque ainda não dominava profundamente a cozinha tailandesa. Isso só ocorreu quando fiz esse curso, há cinco anos. O The Blue Elephant está para a Tailândia como o Cordon Bleu está para a França”, lembra Beto. O imóvel que escolheu para a empreitada é o que abrigava até recentemente a loja Spazio d’Olivo, em Lourdes.

Todo reformado, o ambiente ganhou muita madeira, almofadas e objetos de decoração orientais. São 104 lugares, o que inclui alguns na calçada e outros ao ar livre na varanda da sobreloja, onde fica a cozinha. Aliás, no segundo andar há mesa coletiva para 12 pessoas, que pode ser reservada e, em breve, será usada pelos futuros alunos das aulas de cozinha tailandesa que Beto dará no local. A garagem está em fase final de obras e será transformada em pequeno bar.

Peito de pato ao molho de tamarindo do Bangkok

Panorama
Próximo à cozinha ficam expostos alguns dos principais ingredientes utilizados, como arroz de jasmim, três tipos de curry (verde, vermelho e amarelo), molho de ostra, extrato de tamarindo e pasta de pimenta. Uma verdadeira montanha-russa de cores, aromas e sabores, que forma panorama didático para os não-iniciados. Obedecendo costume do país, nas mesas não há facas, apenas garfo e colher. “Tudo já vem cortado, não há desconforto”, garante.

“Em 2001, fiz pesquisa de mercado e a cozinha tailandesa tomou bomba entre o público, pela forma como foi descrita. De lá para cá, as pessoas passaram a viajar mais, inclusive para a Tailândia, e bons restaurantes dessa especialidade foram abertos principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro”, observa o chef. Na Europa, por exemplo, os restaurantes focados nos países do Sudeste asiático são febre. “Aqui trabalharei com menos pimenta que o habitual, mas mandarei molho à parte para as mesas”, explica.

Entre as entradas, destaque para as bolinhas de porco (R$ 9), frango (R$ 8) e camarão (R$ 13), servidas em porções de seis unidades e com molhos picantes feitos na casa. Dos cerca de 20 pratos principais (individuais), opções são o peito de pato ao molho de tamarindo (R$ 65), o peixe grelhado com salada de mamão verde (R$ 45) e o curry verde de camarão (R$ 59), todos servidos com arroz de jasmim. Há também saladas e sopas tradicionais, além de duas opções vegetarianas e três sobremesas (uma delas é o arroz com creme de coco e manga, R$ 12).

BANGKOK
Rua Fernandes Tourinho, 1.057, Lourdes, (31) 3582-7348. Aberto de segunda a quinta, das 18h à 0h; sexta, das 18h à 1h; sábado, das 12h à 1h; domingo, das 12h às 17h.

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