Orizontino, na Savassi, é o típico bar da capital mineira

por Eduardo Tristão Girão 24/12/2010 07:00
Pedro David/Esp.EM/D.A Press
Bruno Lins e Alex Arreguy apostam na tradição dos botecos de BH (foto: Pedro David/Esp.EM/D.A Press)
Além do cardápio de espetinhos, do chope a bom preço e do clima agradável de um dos quarteirões fechados mais disputados da Savassi (Rua Antônio de Albuquerque com Paraíba), o Orizontino, mais novo bar da cidade, atrai também pelas coleções que ostenta nas paredes. A de caixinhas de fósforo antigas é, sem sombra de dúvida, a que mais se destaca, seguida pela de rótulos de cachaça e, por fim, a de garrafas da bebida, só com marcas mineiras.

“Resgatar a boemia em Belo Horizonte é algo meio sem sentido, pois ela nunca morreu. O nosso negócio é valorizar o gostar de ser belo-horizontino, de se sentir bem no bar. Muito morador da cidade reclama, mas é só ficar uns dois dias longe que já fica sentindo falta”, afirma Bruno Lins, um dos proprietários. Antes que o acusem de falta de domínio da língua portuguesa, ele esclarece: batizou a casa com o nome de um tio-avô.

Seu sócio na empreitada é Alex Arreguy, há muitos anos locatário do ponto onde foi instalado o bar e ex-proprietário da lan house que lá funcionava. Amigos, decidiram montar o negócio quando Alex procurou Bruno para comprar chope para uma festa. Há cinco anos à frente da Mina do Chopp, empresa que distribui o chope Malta em Minas Gerais, ele trouxe a bebida (R$ 2,50/ 300ml; preço promocional) para a nova casa. Fabricada em Assis (SP), é transportada de madrugada, evitando o calor do sol.

Além das três coleções citadas, as paredes abrigam outras curiosidades, como reproduções de rótulos de cerveja fabricados antigamente em Belo Horizonte (Bulgarinha, Moreninha e Polar) e a capa da primeira edição do Estado de Minas. Azulejos brancos e azuis em diagonal ajudam a criar o clima de antigamente. Sobre o balcão, chamam a atenção a chopeira branca e as dezenas de copos vazios aguardando o momento de serem enchidos.

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No palito

Espetinhos são a especialidade da casa, preparados sobre brasa de carvão: o preço da maioria fica na casa dos R$ 4, incluindo boi, porco, frango, queijo coalho, linguiça, salsichão e muçarela. Menos comuns são os de torresmo, moela, quiabo com bacon, avestruz e o que leva o nome da casa, composto por carne de sol desfiada envolta em mandioca e polvilhada com parmesão. Todos chegam à mesa com farofa e vinagrete ou mandioca cozida na manteiga.

Nove sanduíches (filé, linguiça, pernil etc) e porções tradicionais encerram a seção de petiscos. Destaque para as que saem do padrão: pescoço de avestruz com purê de batata baroa (lembra rabada e carne de panela; R$ 13,90); filé de avestruz ao molho gorgonzola (R$ 25,30); costelinha defumada ao caramelo de limão capeta (R$ 26,50); e traíra sem espinha com jiló ao creme de palmito (R$ 32,30). Há, ainda, três opções de sobremesa.

Para beber, o cardápio lista, além do chope, cervejas especiais nacionais, doses, cachaças e drinques. Chamam a atenção os criados pela casa, como o Boa viagem (cachaça ou vodca gelada servida com gomo de limão passado no açúcar e pó de café; R$ 7,90) e o Boca da nega (cachaça gelada com morango no açúcar e pimenta dedo de moça; R$ 11,90). Uma das caipirinhas segue receita do tio Orizontino, à base de ingrediente secreto que confere toque diferente (R$ 8,90).

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Orizontino

Rua Antônio de Albuquerque, 395, Savassi, (31) 3654-4669. Aberto de segunda a sábado, das 18h à 0h.

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