Atenção colecionadores de Pratos da Boa Lembrança: de quarta a sexta-feira, 10 casas da cidade filiadas à associação que distribui as cerâmicas decorativas pelo país participarão da segunda edição do festival BH Bom de Mesa. Cada uma receberá um chef de restaurante que integra a entidade, numa oportunidade rara de conferir menus de três etapas, de várias regiões brasileiras. O tema deste ano é a primavera (que começa dia 22) e as casas participantes serão decoradas pela Associação dos Produtores de Plantas Ornamentais e Exóticas de Manhuaçu. O prato, é claro, está incluído. “A ideia é que o evento se mantenha no calendário de BH, pois movimenta a cidade e os restaurantes saem ganhando com o intercâmbio de chefs de várias partes do país. Isso permite variar o cardápio e oferecer algo diferente para os clientes”, afirma Fernando “Motta” Areco, diretor regional da Associação dos Restaurantes da Boa Lembrança e proprietário do Splendido e A Favorita, duas das casas que fazem parte do festival. Na primeira cozinhará chef do carioca Sagrada Família, enquanto na segunda estará representante do paulistano Empório Ravióli. Cada cardápio tem entrada, prato principal e sobremesa e custa, em média, R$ 100. O valor é individual e inclui apenas o prato de cerâmica decorativo, sem bebidas ou serviço. Alguns encontros de chefs são garantia de surpresa para fregueses habituais. Um dos casos mais extremos talvez seja o do Taste-Vin, que terá em sua cozinha francesa as especialidades nipônicas do Sushi by Cleber. O mineiro Xapuri e o italiano Osteria Mattiazzi também sairão da rotina, pois terão convidados especializados em cozinhas espanhola e contemporânea, respectivamente NORDESTINO Outro exemplo está no D’Artagnan, que receberá o chef Wanderson Medeiros, do Picuí, casa famosa pela carne de sol. O menu dele começa com queijo coalho coberto com manjericão e tomate seco e flambado com licor de laranja; prossegue com carne de sol na manteiga de garrafa servida com creme de jerimum e crocante de batata doce; e termina com cocada mole com sorvete de rapadura e calda de mel de engenho. “Apresento os ingredientes mais regionais e da maneira mais original possível. Essa é a nova cozinha nordestina. Não é pesada, nem carregada no tempero”, explica ele. Um dos pilares do seu trabalho, conta, é sofisticar o simples. Para tanto, ele se vale de bastante conhecimento aplicado. A carne de sol que vai preparar em BH, por exemplo, passa por processos de salga, congelamento, enxague, grelhagem e cozimento a vácuo em baixa temperatura (com manteiga de garrafa) antes de chegar a mesa. “É um prato simples, mas para chegar a ele, tive de usar muita técnica”, explica. Há sete anos como chef, Wanderson trabalha no Picuí desde que foi aberto pelo pai, há 21 anos – também foi garçom e caixa, entre outras funções. Hoje tem até programa diário de cozinha na TV.

CONVIDADOS DO FESTIVAL Completam a lista os restaurantes Osteria Mattiazzi (Babel, Brasília), D’Artagnan (Picuí, Maceió), Taste-Vin (Sushi by Cleber, Porto Alegre), Patuscada (Terraço Itália, São Paulo), Xapuri (Parador Valencia, Itaipava), Vecchio Sogno (Cantaloup, São Paulo), Haus München (Bistrô d’Acampora, Florianópolis) e Gomide (Ponte Nova, Recife). La Victoria e Dona Derna, também filiados a associação na capital mineira, ficaram de fora. Entre os convidados, o único presente na lista da edição passada é o Cantaloup: de lá veio o chef andorrano Eric Marty, que ano passado cozinhou no La Victoria e recentemente trocou São Paulo por BH para ser o chef d’A Favorita. NA PAMPULHA Outro evento gastronômico, que movimenta a cidade de hoje a 30 de novembro, é o Circuito Gastronômico da Pampulha. Reúne nove restaurantes locais: Anella, Bistrô Verde Essencial, Burgueria Original, Café Paddock, Des Amis Bistrô, Paladino, Parrillero, Quintal e Xapuri. O principal atrativo é o desconto de 100% no prato principal do acompanhante. Quem for a todas as casas ganhará brinde e concorrerá a prêmios. Informações: (31) 3234-0714 e www.circuitogastropampulha.com.br.