Armazém Dona Lucinha capricha nas delícias do nosso dia a dia

por Carlos Herculano Lopes 30/07/2010 07:00
Pedro Motta/Esp.EM/D.A Press
Márcia Nunes oferece quitandas e doces tradicionais do estado (foto: Pedro Motta/Esp.EM/D.A Press)

Há cinco anos, quando resolveu abrir o Armazém Dona Lucinha – na frente do consagrado restaurante de comida mineira, no Bairro São Pedro –, a empresária Márcia Nunes tinha como meta não só se valer da experiência adquirida com a mãe, a lendária dona Lucinha, como ajudar na compreensão da importância da culinária de Minas Gerais.

A princípio, o espaço, simpaticamente decorado com motivos da terra, seria destinado a valorizar o universo da quitanda. Ofereceria – devidamente acompanhados por cafezinho bem quente feito no coador de pano, ou por leitinho queimado com açúcar – biscoitos, bolos, broas de fubá, pães caseiros, rosquinhas, mingau de milho verde e pamonhas.

Formada em história pela UFMG, Márcia Nunes conta que, no primeiro ano de funcionamento, conseguiu manter o projeto original do Armazém. “Mas, em decorrência da ótima aceitação, logo vimos que seria necessário ampliar o espaço. Daí veio a decisão de disponibilizar, além do almoço executivo e das quitandas, petiscos para o fim de de tarde, que poderiam ser degustados com cerveja gelada ou cachacinha do Serro”, diz.

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Pedro Motta/Esp.EM/D.A Press
Brasileirinho, o sucesso da casa (foto: Pedro Motta/Esp.EM/D.A Press)
Na hora do almoço, são oferecidos quatro pratos, sempre acompanhados de carne bovina, suína, peixe ou frango, além de arroz, feijão, purês e saladas. Dessas refeições, duas já entraram definitivamente no cardápio do Armazém: a Tilápia do Nelson (peixe, purê de batata, salada, arroz branco, molho de coco e alcaparras; R$ 15) e o Brasileirinho (bife acebolado, arroz, feijão, batata frita, salada de couve crua com pedacinhos de queijo do Serro e ovo frito; R$ 12). “Criamos esse prato, o mais tradicional da nossa culinária, para participar do festival Brasil Sabor 2010. Ele se tornou um dos mais pedidos aqui”, revela Márcia. Como sobremesa, há várias opções: pé de moleque, doce de leite com queijo, cocada, cajuzinho e cristalizados diversos. O Armazém Dona Lucinha também atende à demanda externa por serviços completos de café, coquetéis, almoços e jantares.

Mas o charme especial do espaço fica por conta do sarau de poesia. Realizado às terceiras terças-feiras de cada mês, às 19h30, o evento reúne amigos e amantes da literatura, que declamam poemas, leem pequenos textos e contam histórias. “Em 17 de agosto, vamos homenagear poetas malditos como Baudelaire, Rimbaud, Torquato Neto e Paulo Leminski”, convida Márcia Nunes.

Outro charme: durante meses, um dos garçons do Armazém cevou uma pombinha, habitual “frequentadora” da região da Savassi. Diariamente, por volta de meio-dia, a bichinha bate ponto por lá. “Almoça” fartamente – servida, boa parte das vezes, pela própria Márcia Nunes.

ARMAZÉM DONA LUCINHA
Rua Padre Odorico, 38, Bairro São Pedro, em frente ao Restaurante Dona Lucinha. Capacidade para 50 pessoas. Aberto de segunda a sexta-feira, das 7h às 20h, e aos sábados, das 8h às 15h. Informações: (31) 3281-9526 e armazemdonalucinha@armazemdonalucinha.com.br

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