Festival em Araxá une gastronomia e cultura

Cerca de 10 mil pessoas não perderam a chance de curtir os quatro dias do evento

por Sílvia Laporte 20/06/2010 20:27
Felipe Temponi/Divulgação
(foto: Felipe Temponi/Divulgação)

Araxá – Encerrada neste domingo, a quarta edição do Festival Internacional de Cultura e Gastronomia de Araxá provou que a boa mesa é, definitivamente, uma grande atração. Confirmando a expectativa dos promotores do evento, nos quatro dias de realização da festa, iniciada na quinta-feira, cerca de 10 mil pessoas circularam pela Praça dos Prazeres, onde curtiram diversos shows e degustaram petiscos, cachaça, chope artesanal e comida japonesa e portuguesa nas oito barracas montadas em torno do palco. O detalhe é que esta foi a primeira vez que as pessoas tiveram que pagar ingresso. “Tomamos essa decisão porque estava ficando desconfortável circular por lá, devido ao grande número de pessoas”, diz Armando de Angelis, um dos idealizadores.

Quem apareceu por lá, entretanto, pôde degustar a churrascada do Velório do boi, além de assistir a shows dos grupos locais Vi Voz e Os Arachás e àquilo que Armando chamou de “Mexidão musical”, quando os artistas que se apresentaram em outros dias e ainda estavam por lá se revezaram numa grande celebração improvisada. Ao avaliar o resultado final, Armando diz que o evento deu um grande salto em qualidade, apesar das falhas de infraestrutura provocadas pela mudança de comando do Grande Hotel, que passou do grupo Ourominas para o Tauá, em março.

Apesar dos problemas, quem compareceu não se decepcionou. Maria Cristina Zeni e Hiromi Nakamura vieram de São Paulo especialmente para participar do festival. O casal se hospedou no Grande Hotel, participou das oficinas de cozinha, assistiu a shows e foi aos festins. Elogiando o Clube da Cozinha de Araxá, responsável pelo Velório do boi, a paella caipira e outras delícias culinárias de sabor tradicional, a exposição Pelos caminhos de Minas e as ofertas gastronômicas da Praça dos Prazeres, Maria Cristina faz, no entanto, alguns reparos.

“Achei os workshops caros. Além disso, o festim de sexta-feira atrasou muito, e senti falta de um certo glamour, poderiam ter servido um coquetel, um espumante enquanto esperávamos. Mas a comida do chef Jefferson Rueda estava maravilhosa”, diz. “Creio que o Festival de Araxá tem potencial para crescer e pode vir a competir com outros, como o de Campos do Jordão.”

* A repórter viajou a convite da organização do evento.

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