Happy hour oriental

Proprietário do Mikado, Akio Yokoyama abre o Mikadinho, bar com petiscos japoneses

por Fernanda Machado 04/06/2010 07:00
Pedro Davi/Esp. EM/D. A Press
Caipisaquê servido no Bar do Mikado, embaixo do restaurante, na Floresta (foto: Pedro Davi/Esp. EM/D. A Press)
A garagem do restaurante Mikado, no Bairro Floresta, Região Leste de BH, virou bar. Com seis mesas na calçada, a especialidade é o takoyaki, bolinhos de polvo, de camarão, de atum ou de queijo, feitos na chapa e na frente dos frequentadores. São oito bolinhos, com molho japonês, de dar água na boca e ao preço saboroso de R$ 9 cada porção. À frente da ideia, o sen sei do karatê Akio Yokoyama, de 68 anos, que também é mestre da culinária japonesa.

Depois de reabrir o restaurante Mikado numa charmosa casa de dois andares, da Avenida do Contorno, há nove meses, Akio parte agora para um bar com petiscos orientais. Um happy hour diferente para quem quer começar bem a noite, com espetos de lula, camarão, quiabo e queijo com bacon, coração e fígado de frango cobertos por molhos exóticos, numa alquimia que só Akio consegue fazer.

Outro item do cardápio do bar é uma espécie de panqueca japonesa, que já é estrela no restaurante: okonomyaki em versão mini, a R$ 10, que pode ser de filé mignon, lula, porco ou de frutos do mar, para despertar os desejos de quem quer prolongar a saída. É de repetir – ou quem sabe – passar para o restaurante e pedir o tamanho tradicional, bem maior, porque a casa está reforçando também os pratos quentes japoneses, como o teichoku completo com tempura (camarões empanados e mais sete ou oito pratos), a R$ 58.

Ainda no bar dá para experimentar as caipirinhas feitas com saquê e frutas, como morango, kiwi, maracujá, entre outras, além das cervejas que não podem faltar num encontro de fim de tarde. Os iniciados em comida japonesa estarão em casa, pois Akio é referência de tradição e qualidade desde dos anos 1980, quando abriu o primeiro restaurante na Avenida Afonso Pena, depois na Rua Paraíba, e na Antonio de Albuquerque, na Região da Savassi. Ele formou os primeiros sushimens de Belo Horizonte que até hoje estão na ativa.

Pedro Davi/Esp. EM/D. A Press
Takoyaki, bolinhos de polvo, de camarão, de atum ou de queijo, feitos na chapa (foto: Pedro Davi/Esp. EM/D. A Press)


KARATÊ Conhecido também por trazer o karatê para Belo Horizonte, em 1965, ele ainda divide o seu tempo entre o restaurante, o bar e as aulas de aperfeiçoamento para os discípulos que chegaram à faixa preta. Akio diz que virou mineiro, pois saiu do Japão aos 24 anos e há 45 vive no Brasil. Ele apenas deu um tempo de três anos para voltar ao seu país de origem e reforçar as receitas orientais..

Parceiro de Akio na reabertura do restaurante e agora do bar, o marroquino Paco Pigalle é também aluno do mestre no karatê. Diz que o novo espaço deveria se chamar “Mikadinho”, em homenagem a quem popularizou a comida japonesa e o karatê em Minas. Gastrônomo por natureza, o início das casas de Paco, em Belo Horizonte, em 1990, unia as duas maiores paixões dele: música e comida. “A música e o lado festivo, porém, foram dominando, pois comida não combina com som alto e fumaça. Tive que optar pela música, mas com Akio estou retornando à culinária. Poderia desejar companhia melhor?”

BAR DO MIKADO
Avenida do Contorno, 2.419, Bairro Floresta. Aberto de terça a sábado, a partir das 18h; domingo, das 11h às 16h. Informações: (31)2512-4056 e 3789-0054.

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